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Eike nega negociação para entrar no bloco de controle da Vale

Empresário afirma que houve apenas um consulta informal ao Bradesco

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

Desde setembro, o bilionário Eike Batista esteve no centro de fortes rumores de que negociaria a entrada de seu grupo, o EBX, no bloco de controle da Vale. A conquista de um assento numa das maiores mineradoras do mundo ocorreria pela compra da Bradespar, o braço de participações do Bradesco. Nesta quinta-feira (15/10), porém, Eike divulgou um comunicado negando que haja qualquer negociação em curso. Segundo o empresário, sua movimentação limitou-se "à sondagem informal ao Bradesco, que não prosperou".Uma reportagem de EXAME, porém, revela que, em sua tentativa, Eike fez questão de entregar a proposta pessoalmente a Lázaro Brandão, presidente do conselho de administração, na sede do banco.

A Bradespar possui 9% do bloco que detém o controle da Vale, dividindo as decisões com fundos de pensões como a Previ, o BNDESPar - braço do BNDES para participações em empresas - e a japonesa Mitsui. Para Eike, ter voz ativa na Vale seria estratégico para resolver os destinos da MMX, a mineradora do grupo EBX. Único projeto do empresário já em fase de geração de caixa, a MMX encerrou 2008 com um prejuízo de 848 milhões de reais. Sua situação piorou desde a eclosão da crise mundial, em setembro do ano passado. Para manter as atividades, Eike aportou 200 milhões de dólares do próprio bolso na companhia, no início deste ano, por meio de uma subscrição privada de ações.

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A intenção de Eike de comprar uma parte da Vale também jogou mais combustível nas apostas de que o seu presidente, Roger Agnelli, poderia cair em desgraça pelas decisões de cortar investimentos e demitir pessoal em meio à crise (veja reportagem de EXAME a respeito). As medidas desagradaram o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que chegou a criticá-las publicamente. Mas, no comunicado desta quinta-feira, Eike afirma que seu interesse na Vale não tem conotações políticas. "Meu interesse não deve ser politizado. Se deveu, exclusivamente, ao fato de identificar certos diamantes por lapidar e por acreditar que poderia contribuir para a criação de riqueza para a empresa e seus acionistas", diz.

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