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Economia forte impulsiona festivais de rock na América Latina

Entre os eventos, estão a edição chilena do Lollapalooza e o Rock in Rio

Festival Lollapalooza em Chicago: pela primeira vez evento será realizado fora dos EUA (Roger Kisby/AFP)
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Da Redação

Publicado em 1 de abril de 2011 às 14h14.

Rio de Janeiro - A estabilidade econômica e o aumento do poder aquisitivo de suas populações fizeram a América Latina voltar a ser destino de turnês de músicos e bandas internacionais, assim como sediar grandes festivais, afirmam organizadores de Rock in Rio e Lollapalooza, dois dos mais importantes eventos musicais que ocorrem este ano na região.

Pela primeira vez fora dos Estados Unidos, o Lollapalooza será realizado nos dias 2 e 3 de abril no parque O'Higgins de Santiago, Chile, com a expectativa de reunir mais de 100 mil pessoas e um lineup de diversos estilos, dos roqueiros americanos do The Killers ao rapper Kanye West. Já o Rock in Rio prevê 600 mil pessoas de 23 de setembro a 2 de outubro, e terá Elton John, Red Hot Chili Peppers, Coldplay, entre outros.

A produtora do Rock in Rio, Roberta Medina, afirma que o download de músicas pela internet fez com que os músicos dependessem mais de shows para obter receitas. "Quanto mais shows melhor, e com o aumento do poder aquisitivo nos países da América Latina, essa região passou a ser capaz de receber mais bandas nos últimos anos", disse à AFP a empresária, cujo festival iniciado em 1985 já teve edições em Portugal e Espanha.

Ela explica que só foi possível devolver o Rock in Rio ao Brasil este ano - a última edição no país foi em 2001 - por conta da valorização do real, dos investimentos que o Rio de Janeiro vem fazendo por sediar as Olimpíadas de 2016 e a Copa de 2014 e pelo valor do ingresso, que subiu de 35 reais em 2001 para 190 reais em 2011. "Antes, 80% dos custos eram pagos por patrocinadores, tornando o modelo de negócio muito difícil. Hoje, esses gastos estão divididos meio a meio entre patrocinadores e venda de ingressos", afirmou.

Para a edição deste ano, a expectativa é de que ao menos 40% dos pagantes venham de fora do Rio de Janeiro, incluindo nações vizinhas, além de Estados Unidos, Portugal e Espanha. O Rock in Rio lançou até mesmo uma campanha publicitária em Argentina, Colômbia e México para saber se o público desses países estaria interessado em sediar uma edição do evento nos próximos anos.

Já o Lollapalooza, um festival de música itinerante dos Estados Unidos, buscava expandir-se internacionalmente para comemorar seu vigésimo aniversário. "Olhamos lugares na Europa, mas nesse continente já há muitos festivais e não podíamos competir com eles", disse à imprensa local Perry Farrell, um dos ícones do rock alternativo, líder da banda Jane's Addiction e mentor do festival Lollapalooza.

"A América do Sul é ideal, porque o público é maravilhoso e ainda há muitas bandas que não chegaram lá, então é uma terra virgem para festivais", completou. "Tínhamos que optar por uma só cidade, com um só grande festival, e não nos dividir. Além disso, o requisito era montar o evento dentro da cidade, e não em um lugar afastado, portanto, o Chile nos oferecia as melhores perspectivas", declarou Farell.

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Rio de Janeiro - A estabilidade econômica e o aumento do poder aquisitivo de suas populações fizeram a América Latina voltar a ser destino de turnês de músicos e bandas internacionais, assim como sediar grandes festivais, afirmam organizadores de Rock in Rio e Lollapalooza, dois dos mais importantes eventos musicais que ocorrem este ano na região.

Pela primeira vez fora dos Estados Unidos, o Lollapalooza será realizado nos dias 2 e 3 de abril no parque O'Higgins de Santiago, Chile, com a expectativa de reunir mais de 100 mil pessoas e um lineup de diversos estilos, dos roqueiros americanos do The Killers ao rapper Kanye West. Já o Rock in Rio prevê 600 mil pessoas de 23 de setembro a 2 de outubro, e terá Elton John, Red Hot Chili Peppers, Coldplay, entre outros.

A produtora do Rock in Rio, Roberta Medina, afirma que o download de músicas pela internet fez com que os músicos dependessem mais de shows para obter receitas. "Quanto mais shows melhor, e com o aumento do poder aquisitivo nos países da América Latina, essa região passou a ser capaz de receber mais bandas nos últimos anos", disse à AFP a empresária, cujo festival iniciado em 1985 já teve edições em Portugal e Espanha.

Ela explica que só foi possível devolver o Rock in Rio ao Brasil este ano - a última edição no país foi em 2001 - por conta da valorização do real, dos investimentos que o Rio de Janeiro vem fazendo por sediar as Olimpíadas de 2016 e a Copa de 2014 e pelo valor do ingresso, que subiu de 35 reais em 2001 para 190 reais em 2011. "Antes, 80% dos custos eram pagos por patrocinadores, tornando o modelo de negócio muito difícil. Hoje, esses gastos estão divididos meio a meio entre patrocinadores e venda de ingressos", afirmou.

Para a edição deste ano, a expectativa é de que ao menos 40% dos pagantes venham de fora do Rio de Janeiro, incluindo nações vizinhas, além de Estados Unidos, Portugal e Espanha. O Rock in Rio lançou até mesmo uma campanha publicitária em Argentina, Colômbia e México para saber se o público desses países estaria interessado em sediar uma edição do evento nos próximos anos.

Já o Lollapalooza, um festival de música itinerante dos Estados Unidos, buscava expandir-se internacionalmente para comemorar seu vigésimo aniversário. "Olhamos lugares na Europa, mas nesse continente já há muitos festivais e não podíamos competir com eles", disse à imprensa local Perry Farrell, um dos ícones do rock alternativo, líder da banda Jane's Addiction e mentor do festival Lollapalooza.

"A América do Sul é ideal, porque o público é maravilhoso e ainda há muitas bandas que não chegaram lá, então é uma terra virgem para festivais", completou. "Tínhamos que optar por uma só cidade, com um só grande festival, e não nos dividir. Além disso, o requisito era montar o evento dentro da cidade, e não em um lugar afastado, portanto, o Chile nos oferecia as melhores perspectivas", declarou Farell.

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