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É só plugar e mãos à obra

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EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

A idéia de gastar milhares de reais com obras, investir pesado em um imóvel e passar meses em reformas dá calafrios em muitas empresas. Elas não querem preocupações com IPTU, limpeza ou manutenção nem compromissos legais. São geralmente multinacionais em fase de prospecção de mercado, companhias com projetos sigilosos ou empresas que não querem custos fixos. A boa notícia é que existe um serviço que parece ter sido feito sob medida para esses casos: os escritórios "prontos para usar". São espaços totalmente equipados, com alta tecnologia, salas de reunião e até secretárias de plantão. Funcionam como uma espécie de hotel de trabalho, com filiais pelo mundo todo. Em centenas de cidades, o cliente só precisa sentar-se na cadeira, plugar o computador e começar a trabalhar. Em São Paulo, esses escritórios prontos estão localizados em edifícios de alto padrão nas avenidas Paulista, Faria Lima e Berrini e na marginal Pinheiros -- o que dá ao cliente um endereço nobre sem que tenha de alugar um imóvel. "Somando todos os custos de um escritório tradicional, nosso serviço sai mais em conta", diz o executivo Gonzalo Cassarino, gerente-geral da filial brasileira da inglesa Regus, uma das maiores do ramo no mundo. Uma empresa com 100 funcionários paga em média 1 400 reais por pessoa pelo serviço da Regus. Segundo Cassarino, esse valor chega a ser 15% inferior ao custo de um escritório convencional (veja quadro).

Decidida a perseguir oportunidades no Brasil, a americana MRO Software procurou abrigo num escritório da Regus. "Fomos em busca de agilidade", diz o executivo Flávio Valente, diretor de operações para a América Latina. Em junho de 2000, a MRO decidiu abrir um escritório próprio na capital. A preocupação era começar a operar em tempo recorde para que os clientes do antigo representante não ficassem "órfãos" por muito tempo. "Fechamos com a Regus numa sexta-feira e na segunda 18 pessoas já estavam trabalhando", diz Valente.

Além da Regus, outras empresas, como a americana HQ Global Workplaces e a brasileira Your Office Central de Negócios, disputam esse mercado. "Há um grande potencial de crescimento para o nicho de escritórios prontos em razão da instabilidade da economia brasileira", diz Rodrigo Santos Martins, gerente de marketing da consultoria imobiliária Cushman & Wakefield Semco. "As empresas hoje querem ter a possibilidade de aumentar ou diminuir o quadro de funcionários rapidamente, e a flexibilidade desses escritórios permite isso."

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