Dona da Fiat, Stellantis anuncia venda de veículos elétricos chineses no Brasil em 2024
Modelos devem competir com veículos da BYD e chegam ao país no último trimestre do ano
Agência de notícias
Publicado em 14 de maio de 2024 às 13h07.
Última atualização em 14 de maio de 2024 às 13h24.
A Stellantis, dona de marcas como Peugeot e Fiat, anunciou que vai iniciar a venda de carros elétricos chineses no Brasil já no quarto trimestre do ano. A empresa concluiu a formação de uma joint venture com a Leapmotor, com sede em Hangzhou, na China. Os modelos C10 e T03 chegam ao mercado nacional para competir com os modelos da BYD, que ganharam espaço nos últimos meses.
Os dois carros — um SUV e um compacto, respectivamente — devem ser lançados inicialmente nos mercados europeus em setembro, com as vendas expandindo em seguida para a Índia e Ásia-Pacífico, Oriente Médio, África e América do Sul a partir do quarto trimestre de 2024.
Em outubro passado, as duas empresas anunciaram que a Stellantis investiria cerca de € 1,5 bilhão para comprar cerca de 21% da Leapmotor, uma das três principais marcas chinesas de elétricos em 2023.
O acordo estabeleceu a criação da Leapmotor International, joint venture que terá direitos exclusivos para fabricar e vender veículos da marca Leapmotor fora da China. Com isso, a Leapmotor consolida sua posição no mercado chinês e aproveita a presença global da Stellantis para aumentar as vendas em outros lugares.
"A criação da Leapmotor International é um grande avanço para ajudar a resolver a questão urgente do aquecimento global com modelos BEV [ veículo 100% elétrico ] de última geração que vão competir com as marcas chinesas existentes nos principais mercados em todo o mundo", disse o CEO da Stellantis, Carlos Tavares.
Ele disse que, em breve, a empresa vai ser capaz de oferecer veículos elétricos com preços competitivos. O plano de lançamento terá início em setembro, nos seguintes países: França, Itália, Alemanha, Holanda, Espanha, Portugal, Bélgica, Grécia e Romênia.
Serão 200 pontos de venda até ao final do ano, número que deve subir para 500 até 2026. Na América do Sul, o foco será no Brasil e no Chile.