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Divisão de;infra-estrutura da Volvo projeta crescimento de 12%

Para presidente da Volvo Construction Equipment na América Latina, a Parceria Público-Privada é um conceito a ser testado

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

Depois de crescer 59,7% no Brasil em 2004, a Volvo Construction Equipment (VCE) modera suas projeções para este ano, mesmo com a entrada em vigor da lei das Parcerias Público-Privadas (PPPs), o que em tese impulsionaria os negócios. Divisão da Volvo dedicada à fabricação de escavadeiras, pás-carregadeiras, caminhões articulados e motoniveladoras, equipamentos associados a obras de infra-estrutura, a VCE faturou 69,8 milhões de dólares no país ano passado comercializando 548 unidades, 40,5% mais do que em 2003.

Para 2005, a divisão, com sede em Curitiba, projeta um crescimento mais modesto, de 11,7%, para uma receita de 78 milhões de dólares. A queda no ritmo de expansão pode ser explicada pela base forte de comparação e por uma certa cautela com a efetividade das PPPs. "A PPP não funciona imediatamente. Tem de ser testada como conceito, principalmente se a encararmos como forma de atrair investimento direto estrangeiro", afirma Yoshio Kawakami, presidente da empresa para a América Latina. Para Kawakami, não só no Brasil, mas nos países emergentes que mais chamam a atenção dos investidores (China, Índia, Rússia e México) ainda falta consolidar marcos regulatórios que dêem transparência e estabilidade de regras, assegurando a remuneração do capital, especialmente nos projetos de infra-estrutura (leia reportagem de EXAME sobre os exemplos que a Europa dá ao Brasil nesta área).

A VCE América Latina já tem aprovados investimentos de 2,4 milhões de dólares em ampliação das linhas de produção da planta em Pederneiras (interior de São Paulo) e estuda novos aportes para iniciar a fabricação de componentes. No ano passado, os investimentos somaram 5 milhões de dólares.

Crescimento

Outro motivo para a moderação da VCE em 2005 é a perda de vigor do crescimento mundial, especialmente de Estados Unidos e União Européia. A essa tendência deve-se atribuir a projeção de queda de 1% das exportações da divisão latino-americana, de 112,1 milhões de dólares em 2004 para 111,2 milhões este ano -- depois de um salto de 105,3% de 2003 para o ano passado. O resultado das vendas externas em 2004, somado aos negócios no mercado regional (134,7 milhões de dólares), renderam à VCE um faturamento total na América Latina de 246,9 milhões de dólares, com lucro operacional 39% maior (27,1 milhões de dólares).

No Brasil, diz Kawakami, destacaram-se, no ano passado, as compras de empresas dos setores de mineração, papel e celulose e agrícola. Para 2005, o executivo aponta mudanças positivas nas contas das empreiteiras. "As empresas do setor estão com um perfil financeiro melhor", diz. O elogio se estende aos países da região. "É difícil apontar um país que não esteja com inflação em queda e equilibrando suas contas. Trata-se de uma região bastante promissora." Sem contar o México, em que a comercialização de usados é preponderante, o mercado regional movimenta cerca de 7 mil unidades anualmente. A VCE fechou o ano passado com 14,3% de market share, e quer ampliar a fatia para 16,2%.

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