Diego Dzodan vai deixar liderança do Facebook na América Latina
Saída do executivo acontece em momento delicado para a companhia, que faz reestruturação desde maio deste ano, impulsionada por escândalos de privacidade
Estadão Conteúdo
Publicado em 27 de junho de 2018 às 18h38.
O executivo argentino Diego Dzodan anunciou nesta quarta-feira, 27, que não será mais responsável pela vice presidência do Facebook para a América Latina . O executivo disse em nota que ainda ficará na rede social por alguns meses, tempo que estima ser necessário para a transição. A empresa ainda não divulgou quem ficará no lugar de Dzodan.
Em um anúncio oficial, Dzodan disse que vai se dedicar a startup de tecnologia Faci.ly criado pela sua esposa, que até então ele atuava apenas como investidor.
O app conecta clientes e profissionais de beleza nas áreas de pedicure, manicure, design de sobrancelhas e depilação e deve ampliar seus serviços fazendo entregas em geral, um modelo parecido com a startup de entregas rápidas, Rappi.
Segundo o Facebook , a empresa está procurando no mercado e dentro da companhia possíveis candidatos para o cargo de vice-presidente de América Latina, mas que o nome ainda não foi definido.
Dzodan esteve à frente das operações regionais do Facebook e do Instagram nos últimos três anos. Antes disso, ele já tinha mais de duas décadas de experiências em empresas de tecnologia tradicionais internacionais.
O executivo ficou conhecido em 2015, após ter sido preso quando a rede social se negou a entregar informações sobre conversas de seus usuários que seriam usadas em investigações da Polícia Federal.
A saída do executivo acontece em um momento delicado para o Facebook, que faz reestruturação desde maio deste ano. As mudanças foram impulsionadas principalmente pelos escândalos envolvendo a privacidade de dados da rede social.
No Brasil, uma investigação está sendo feita pelos promotores do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDF) sobre um possível uso de dados ilícitos de usuários brasileiros do Facebook pela consultoria Cambridge Analytica.