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Até dezembro, país terá 628 milhões de cartões emitidos

Faturamento do setor deve chegar a R$ 534,7 bilhões, segundo estimativas da Abecs

Crescimento: número de cartões emitidos alcançaria 909 milhões em 2015 (.)

Tatiana Vaz

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h41.

São Paulo - Até dezembro, o número de cartões emitidos no Brasil deve chegar a 628 milhões de unidades e o valor das transações deve somar 534,7 bilhões de reais, crescimento de 20,37% em relação a 2009. As estimativas são da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs).

O fim da exclusividade do mercado de cartões, que começou a vigorar em 1º de julho, bem como a criação de novas bandeiras contribuíram para as expectativas positivas em relação ao setor. Como um todo, o uso de plástico para crédito tem aumentado cerca de 20% ao ano no país. Nos últimos dez anos, o crescimento do uso de cartões subiu 431%.

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"As propostas de regulamentação e alterações na maneira de gerir os negócios do mercado estão sendo feitas para que o setor continue crescer nessa porcentagem", afirma Juan Peres Ferrés, da consultoria econômica Ferrés & Associados. De julho a setembro, as transações por meio de todos os tipos de cartões - cartões, crédito, débito e private label - cresceram cerca de 15% e em faturamento 23%.

Para 2015, as estimativas são ainda mais animadoras, de acordo com a Abces. Até lá, o número de cartões emitidos alcançaria 909 milhões e o valor das transações cerca de 1,3 trilhão de reais. Alguns setores que devem aumentar o número de vendas por meio de cartões são os de serviços de profissionais liberais, como médicos, advogados e taxistas.

Concentração

Mesmo com 70 bandeiras nacionais, 80% das transações realizadas no país por meio de cartões de crédito estão concentradas nas duas maiores: MasterCard e Visa. Esse cenário segue uma tendência mundial. "Por mais que aumente o número de bandeiras, essas duas sempre vão liderar o mercado", diz Ferrés.

O potencial do mercado brasileiro deve atrair, ainda este ano, a entrada de novos concorrentes, principalmente estrangeiros, tanto credenciadores, quanto bandeiras e processadores. "Há ainda a tendência de empresas de diversos ramos se aventurarem a criar um cartão próprio para aproveitar a onda do mercado", diz Valdeci de Paula, do Comitê de Relações Externas da Abecs.

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