Depressão dos diamantes acabou, diz companhia mineradora
A queda dos preços dos diamantes já acabou, segundo o diretor da empresa que extrai algumas das maiores pedras preciosas do mundo, a Gem Diamonds
Da Redação
Publicado em 18 de março de 2015 às 22h23.
Londres - A queda dos preços dos diamantes observada durante seis meses já acabou, segundo o diretor da empresa que extrai algumas das maiores pedras preciosas do mundo.
O declínio dos preços registrado desde setembro foi impulsionado pela falta de financiamento em vez do excesso de oferta que ainda afeta os mercados do petróleo e do minério de ferro, disse Clifford Elphick, CEO da Gem Diamonds Ltd., que extraiu pedras como a Lesotho Promise, de 603 quilates, a maior já desenterrada neste século.
“Os preços estão se mexendo lateralmente”, disse ele em uma entrevista do escritório da empresa em Londres.
“Certamente, a demanda não é forte, mas definitivamente não está fraca”. Os preços subirão neste ano, disse ele.
Os preços dos diamantes brutos caíram 6,9 por cento nos últimos três meses de 2014, o maior declínio trimestral em mais de dois anos, e baixaram ainda mais neste ano porque os bancos reduziram o crédito, obrigando comerciantes, cortadores e polidores a venderem uma maior parte dos seus estoques.
A escassez de empréstimos seguiu a decisão tomada pelo KBC Groep NV de fechar o Antwerp Diamond Bank, uma unidade sua que durante 80 anos foi uma fonte de financiamento para a rede de empresas que comercializam e processam as pedras na cidade portuária belga.
O ABN Amro Bank NV e o Standard Chartered Plc também diminuíram o financiamento para a compra de pedras preciosas depois dos ganhos de dois dígitos nos preços dos diamantes registrados em quatro dos últimos seis anos.
A erosão de 15 por cento do crescimento dos preços registrada desde setembro contrasta com a situação do petróleo e do minério de ferro, cujos valores caíram quase pela metade, já que a oferta daquelas commodities está crescendo mais rapidamente do que a demanda.
Liquidez
“Não é como o caso do minério de ferro, o carvão ou o petróleo”, disse Elphick. “Isto tem a ver com a liquidez, não com a produção”.
A unidade De Beers, da Anglo American Plc, a maior produtora mundial de diamantes, disse no mês passado que há espaço para a alta dos preços neste ano.
A De Beers foi uma das unidades de melhor desempenho da Anglo no ano passado, tendo contribuído com cerca de 28 por cento dos lucros, comparado com cerca de 15 por cento um ano atrás.
A Petra Diamonds Ltd. tem o melhor rendimento no FTSE 350 Mining Index, de 14 membros, nos últimos doze meses, e é a única companhia a registrar um retorno positivo. Esta situação contrasta com aquela da Gem Diamonds, que caiu 18 por cento no mesmo período porque teve problemas para começar a produção na sua nova mina de Ghaghoo, em Botsuana.
O projeto da empresa em Letseng, no Lesoto, é famoso pelo tamanho e pelo valor das pedras obtidas. Além da Lesotho Promise, a Gem Diamonds desenterrou uma pedra de 550 quilates em 2011.
Londres - A queda dos preços dos diamantes observada durante seis meses já acabou, segundo o diretor da empresa que extrai algumas das maiores pedras preciosas do mundo.
O declínio dos preços registrado desde setembro foi impulsionado pela falta de financiamento em vez do excesso de oferta que ainda afeta os mercados do petróleo e do minério de ferro, disse Clifford Elphick, CEO da Gem Diamonds Ltd., que extraiu pedras como a Lesotho Promise, de 603 quilates, a maior já desenterrada neste século.
“Os preços estão se mexendo lateralmente”, disse ele em uma entrevista do escritório da empresa em Londres.
“Certamente, a demanda não é forte, mas definitivamente não está fraca”. Os preços subirão neste ano, disse ele.
Os preços dos diamantes brutos caíram 6,9 por cento nos últimos três meses de 2014, o maior declínio trimestral em mais de dois anos, e baixaram ainda mais neste ano porque os bancos reduziram o crédito, obrigando comerciantes, cortadores e polidores a venderem uma maior parte dos seus estoques.
A escassez de empréstimos seguiu a decisão tomada pelo KBC Groep NV de fechar o Antwerp Diamond Bank, uma unidade sua que durante 80 anos foi uma fonte de financiamento para a rede de empresas que comercializam e processam as pedras na cidade portuária belga.
O ABN Amro Bank NV e o Standard Chartered Plc também diminuíram o financiamento para a compra de pedras preciosas depois dos ganhos de dois dígitos nos preços dos diamantes registrados em quatro dos últimos seis anos.
A erosão de 15 por cento do crescimento dos preços registrada desde setembro contrasta com a situação do petróleo e do minério de ferro, cujos valores caíram quase pela metade, já que a oferta daquelas commodities está crescendo mais rapidamente do que a demanda.
Liquidez
“Não é como o caso do minério de ferro, o carvão ou o petróleo”, disse Elphick. “Isto tem a ver com a liquidez, não com a produção”.
A unidade De Beers, da Anglo American Plc, a maior produtora mundial de diamantes, disse no mês passado que há espaço para a alta dos preços neste ano.
A De Beers foi uma das unidades de melhor desempenho da Anglo no ano passado, tendo contribuído com cerca de 28 por cento dos lucros, comparado com cerca de 15 por cento um ano atrás.
A Petra Diamonds Ltd. tem o melhor rendimento no FTSE 350 Mining Index, de 14 membros, nos últimos doze meses, e é a única companhia a registrar um retorno positivo. Esta situação contrasta com aquela da Gem Diamonds, que caiu 18 por cento no mesmo período porque teve problemas para começar a produção na sua nova mina de Ghaghoo, em Botsuana.
O projeto da empresa em Letseng, no Lesoto, é famoso pelo tamanho e pelo valor das pedras obtidas. Além da Lesotho Promise, a Gem Diamonds desenterrou uma pedra de 550 quilates em 2011.