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De volta às pequenas causas

Com menos fusões, advogados têm de voltar ao feijão-com-arroz

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

Aredução do volume de fusões e aquisições no Brasil nos últimos dois anos teve pelo menos duas conseqüências para os escritórios de advocacia. A primeira e óbvia: as receitas caíram. É difícil quantificar, porque eles não divulgam seu faturamento, mas dá para ter uma idéia pelo exemplo do escritório paulista Pinheiro Neto, o que mais intermedeia transações de compra e venda na América Latina, segundo a Thomson Financial. As transações que ele assessorou entre janeiro e setembro deste ano somaram 1,4 bilhão de dólares. No ano passado, nesse mesmo período, o Pinheiro Neto tinha se envolvido em negociações que somaram 6 bilhões de dólares.

A segunda decorrência é que boa parte dos grandes escritórios está voltando a atenção para os mercados mais tradicionais, como o de contencioso, relativo às ações que correm na Justiça. Alguns já vêem nessa área a próxima grande fonte de receita. "O contencioso poderá representar metade das nossas vendas nos próximos anos", diz Rogério Lessa, sócio responsável pela área de fusões e aquisições do Demarest & Almeida, com base em São Paulo. "Agora que as negociações de fusões e aquisições diminuíram drasticamente, estamos indo atrás de oportunidades que estavam latentes."

O Machado, Meyer, Sendacz e Opice tinha 27 000 ações de clientes sob sua responsabilidade no ano passado. Atualmente possui 47 000 ações. "Até pouco tempo atrás atendíamos com mais freqüência as grandes ações, que envolviam grandes somas de dinheiro", diz José Roberto Opice, sócio do Machado, Meyer, Sendacz e Opice. "Hoje ganhamos no volume."

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