A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) apresentou lucro líquido consolidado de 757 milhões de reais no primeiro semestre. A cifra é 47,5% maior que os 513 milhões de igual período do ano passado. O resultado também equivale a 70% de todo o lucro que a CSN obteve em 2003. Segundo o diretor-presidente da CSN, Benjamim Steinbruch, os números foram favorecidos pelo aquecimento da demanda em regiões estratégicas, como Ásia e Estados Unidos, pelos preços internacionais elevados e pela melhora do consumo interno.

A companhia produziu 2,7 milhões de toneladas de aço bruto e 2,5 milhões de toneladas de laminados em seis meses, um aumento de 4% sobre o período de referência. O volume de vendas de laminados e de placas alcançou 2,5 milhões de toneladas, um aumento de 12,5% sobre o primeiro semestre de 2003. As exportações cresceram 19% e responderam por 35% de todas as vendas.

Com isso, a companhia obteve receita líquida consolidada de 4,4 bilhões de reais, 39,5% maior que em igual intervalo do ano passado. Segundo a CSN, o resultado foi impulsionado pelo reajuste dos preços domésticos e pela melhoria do mix de produtos, com maior participação de aços de maior valor agregado, como os revestidos.

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciações e amortizações) atingiu 2,012 bilhões de reais, 32,2% maior que os 1,522 bilhão do período comparado. A margem de Ebitda, sobre a receita líquida, foi de 45,5%, enquanto que em 2003 foi de 48%.

A CSN encerrou o semestre com dívida líquida consolidada de 6 bilhões de reais, 1,3 bilhão maior que o registrado em março deste ano. O aumento deveu-se à elevação do capital de giro (como o aumento dos estoques, no valor de 371 milhões de reais, e o aumento das contas a receber de exportação). O pagamento de 752 milhões de reais em dividendos e juros sobre capital próprio, e a aquisição de 100% do controle da Galvasud, pelo qual pagou 89 milhões de reais à Thyssenkrupp Stahl, também pesaram sobre a dívida.