CSN pode reduzir capacidade de produção por baixa demanda
A CSN produz 5,6 milhões de toneladas por ano, mas no ano que vem esse número pode cair em 30%
Da Redação
Publicado em 17 de dezembro de 2015 às 08h02.
São Paulo - A baixa demanda pode levar a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) a reduzir a capacidade de produção, mais uma baixa no setor em crise, informaram fontes de mercado ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.
A probabilidade é que a companhia reduza, ao longo de 2016, a produção do alto-forno 2, na usina em Volta Redonda, no lado fluminense do Vale do Paraíba, o que deve ter efeito direto sobre o mercado de trabalho.
Se confirmada a decisão, a produção no ano que vem da empresa poderá cair em 30%. A capacidade instalada de produção da CSN é de 5,6 milhões de toneladas por ano.
Em 2009, com a crise financeira global, que paralisou a economia e atingiu o consumo de aço no Brasil, a CSN abafou esse mesmo forno, mas, após um período de 90 dias, durante o qual foi realizada uma manutenção antecipada no equipamento, a empresa decidiu religar a unidade.
Segundo fontes ouvidas pelo Broadcast, esse poderá ser o mesmo caminho a ser trilhado no início do ano que vem, com uma parada de apenas três meses para a manutenção. Procurada, a empresa não se pronunciou.
Processo semelhante já aconteceu com a Usiminas, em São Paulo. A siderúrgica mineira começou a desligar suas coquerias na unidade em Cubatão, na Baixada Santista.
Em janeiro, vai paralisar, temporariamente, a produção primária da usina, o que deve provocar o corte de cerca de 4 mil empregos diretos e indiretos.
Para 2016, o Instituto Aço Brasil (IABr), entidade que representa as empresas siderúrgicas, prevê uma queda de 4% nas vendas internas e de 5,1% no consumo aparente (produção nacional mais importações menos exportações) de aço, em relação ao volumes observados em 2015.
"Vivemos a pior crise de nossa história. O ano de 2016 está aí. Não há nada que sinalize recuperação do mercado interno. Será a repetição de 2015", disse o presidente executivo do Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes, após divulgar as perspectivas para o setor, no fim de novembro.
A crise deve deixar desempregadas 7.407 pessoas nos próximos seis meses, que vão se somar às 29 mil dispensas registradas desde janeiro de 2014. O cenário reflete a fraca atividade econômica, que já levou ao fechamento de dezenas de unidades produtivas no setor.
As siderúrgicas vêm sendo atingidas pela crise de setores consumidores como o automotivo e de construção civil.
Além disso, enfrentam um cenário marcado pelo excesso de aço no mundo - em torno de 700 milhões de toneladas - e pela concorrência com a siderurgia chinesa, acusada de vender seu aço a preços abaixo dos de mercado e de receber subsídios do governo.
São Paulo - A baixa demanda pode levar a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) a reduzir a capacidade de produção, mais uma baixa no setor em crise, informaram fontes de mercado ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.
A probabilidade é que a companhia reduza, ao longo de 2016, a produção do alto-forno 2, na usina em Volta Redonda, no lado fluminense do Vale do Paraíba, o que deve ter efeito direto sobre o mercado de trabalho.
Se confirmada a decisão, a produção no ano que vem da empresa poderá cair em 30%. A capacidade instalada de produção da CSN é de 5,6 milhões de toneladas por ano.
Em 2009, com a crise financeira global, que paralisou a economia e atingiu o consumo de aço no Brasil, a CSN abafou esse mesmo forno, mas, após um período de 90 dias, durante o qual foi realizada uma manutenção antecipada no equipamento, a empresa decidiu religar a unidade.
Segundo fontes ouvidas pelo Broadcast, esse poderá ser o mesmo caminho a ser trilhado no início do ano que vem, com uma parada de apenas três meses para a manutenção. Procurada, a empresa não se pronunciou.
Processo semelhante já aconteceu com a Usiminas, em São Paulo. A siderúrgica mineira começou a desligar suas coquerias na unidade em Cubatão, na Baixada Santista.
Em janeiro, vai paralisar, temporariamente, a produção primária da usina, o que deve provocar o corte de cerca de 4 mil empregos diretos e indiretos.
Para 2016, o Instituto Aço Brasil (IABr), entidade que representa as empresas siderúrgicas, prevê uma queda de 4% nas vendas internas e de 5,1% no consumo aparente (produção nacional mais importações menos exportações) de aço, em relação ao volumes observados em 2015.
"Vivemos a pior crise de nossa história. O ano de 2016 está aí. Não há nada que sinalize recuperação do mercado interno. Será a repetição de 2015", disse o presidente executivo do Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes, após divulgar as perspectivas para o setor, no fim de novembro.
A crise deve deixar desempregadas 7.407 pessoas nos próximos seis meses, que vão se somar às 29 mil dispensas registradas desde janeiro de 2014. O cenário reflete a fraca atividade econômica, que já levou ao fechamento de dezenas de unidades produtivas no setor.
As siderúrgicas vêm sendo atingidas pela crise de setores consumidores como o automotivo e de construção civil.
Além disso, enfrentam um cenário marcado pelo excesso de aço no mundo - em torno de 700 milhões de toneladas - e pela concorrência com a siderurgia chinesa, acusada de vender seu aço a preços abaixo dos de mercado e de receber subsídios do governo.