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Criatividade ajuda Furlan a cortar custo de missão brasileira à Rússia

O ministro Luiz Fernando Furlan, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, acaba de mostrar que, quando quer, o governo bem que consegue economizar um bom dinheiro. Basta fazer aquilo que todo empresário faz quando precisa cortar custos: usar a criatividade. No esforço de abrir novos mercados para produtos brasileiros no exterior, o ministro Furlan pediu […]

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h20.

O ministro Luiz Fernando Furlan, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, acaba de mostrar que, quando quer, o governo bem que consegue economizar um bom dinheiro. Basta fazer aquilo que todo empresário faz quando precisa cortar custos: usar a criatividade. No esforço de abrir novos mercados para produtos brasileiros no exterior, o ministro Furlan pediu a sua equipe que organizasse uma viagem de técnicos do governo e empresários à Rússia. O objetivo era promover um encontro entre a comitiva e potenciais compradores de produtos brasileiros. O projeto quase gorou quando Furlan viu o orçamento das despesas da missão: 300 000 dólares sem contar as passagens e a estadia dos participantes, que correriam por conta de cada empresa.

Inconformado, o ministro pediu então a dois funcionários da Agência de Promoção de Exportações (Apex) que fossem à Moscou e vissem se não dava para organizar uma viagem mais barata. Valeu a pena: a dupla voltou com uma estimativa bem mais em conta menos de 100 000 dólares. Um exemplo da tesourada nos custos: em vez de recorrer aos intérpretes oficiais, os dois funcionários foram a uma faculdade de letras e recrutaram professores de português para as traduções. Por sugestões destes, aproveitaram o embalo e contrataram algumas alunas para trabalharem como recepcionistas. Eles também aproveitaram a promoção feita na inauguração de um novo hotel da cadeia americana Hyatt, nas proximidades do teatro Bolshoi, que fez um pacote especial para os brasileiros.

Com o novo orçamento, a viagem pôde acontecer. No dia do evento, cada um dos cerca de vinte empresários brasileiros participantes montou um estande com seus produtos que incluíam produtos hospitalares, remédios contra Aids e carne, entre outros. Mais de 300 compradores russos apareceram, embora apenas metade tivesse marcado hora. No fim do dia, ao fazerem as contas, veio a surpresa, com os 22 milhões de dólares em vendas. E o mais importante é que com isso, o ministério conseguiu abrir uma nova porta para as exportações do país. A fatura final do encontro ficou em 83 000 dólares.

O ministro participou da cerimônia de entrega do prêmio da "Melhor Empresa dos 30 anos de MELHORES E MAIORES" de EXAME, realizado em São Paulo. Lula entregou o prêmio para o empresário Antonio Ermírio de Moraes, presidente do conselho de administração do Grupo Votorantim.

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