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Crescimento do crédito depende da economia, diz Itaú

O executivo lembrou que algumas carteiras estão avançando de forma mais elevada, a exemplo de consignado (com desconto em folha) e imobiliário

Itaú: queda dos empréstimos reflete a situação da indústria e menor demanda de consumidores (Divulgação)
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Da Redação

Publicado em 5 de agosto de 2014 às 14h59.

São Paulo - O Itaú Unibanco vai trabalhar para alcançar o piso do guidance para o crescimento da sua carteira de crédito em 2014 ante o ano passado, de 10,0% a 13,0%, de acordo com Marcelo Kopel, diretor corporativo de controladoria e Relações com Investidores do banco.

"O crescimento é desafiador, mas vamos trabalhar para alcançar o piso do guidance em 2014. Não estamos vendo necessidade de revisá-lo", explicou ele, em teleconferência com a imprensa, nesta terça-feira, 05.

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O executivo lembrou que algumas carteiras estão avançando de forma mais elevada, a exemplo de consignado (com desconto em folha) e imobiliário, e outras num ritmo mais devagar como veículos e micro e pequena e média empresa.

Acrescentou ainda que o crescimento total da carteira vai depender das condições da economia brasileira.

A carteira de crédito total da instituição, que inclui avais e fianças, encerrou junho em R$ 487,623 bilhões, aumento de 1,6% em relação ao montante visto ao final de março e de 9,6% na comparação anual.

No critério ajustado, que considera além de avais e fianças títulos privados, totalizou R$ 518,4 bilhões em junho de 2014, aumento de 2,0% ante março e de 10,9% na comparação com 12 meses. Para este ano, a meta (guidance) do Itaú é de alta de 10% a 13% para a carteira total ante 2013.

Sobre o desempenho da carteira de veículos, Kopel reafirmou que o Itaú espera alcançar um ponto de inflexão neste segmento somente em 2015.

Ele explicou, porém, que a queda dos empréstimos reflete a atual situação da indústria e menor demanda por parte dos consumidores. Os empréstimos para a compra de veículos tiveram queda de 8,1% ao final de junho ante março, para R$ 34,068 bilhões. Em um ano, o recuo foi ainda maior, de 24,8%.

Na micro, pequena e média empresa, o Itaú espera que a carteira será nivelada até o final deste ano. O segmento teve retração de 1,1% e 4,1%, respectivamente, para R$ 82,859 bilhões. Kopel lembrou do empréstimo que a instituição acertou de US$ 480 milhões para micro e pequenas empresas do Nordeste.

"Quando este recurso estiver inteiramente destinado, representará mais de 1% da nossa carteira", informou o diretor do banco.

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