Negócios

Cosan prevê investimentos de R$ 2,3 bilhões com foco na Raízen

Empresa investiu 2,2 bilhões de reais no ano fiscal de 2011

Caminhões da Shell: a Raízen iniciou suas atividades em fevereiro com capacidade de moagem de cana-de-açúcar de 62 milhões de toneladas por ano (Divulgação)

Caminhões da Shell: a Raízen iniciou suas atividades em fevereiro com capacidade de moagem de cana-de-açúcar de 62 milhões de toneladas por ano (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de junho de 2011 às 13h16.

São Paulo - A Cosan anunciou hoje (7/6) seu capex (abreviação em inglês para capital expenditures - investimentos em capital) para o ano fiscal de 2012. A empresa pretende investir entre 2 bilhões de reais e 2,3 bilhões de reais.  O valor indica uma queda em relação ao ano fiscal de 2011 (período entre 1° de abril de 2010 e 31 de março de 2011), quando a empresa investiu 3,03 bilhões de reais.

O foco de investimentos será a Raízen. A maior parte da receita da Raízen vem de combustíveis - o resultado dela ainda não foi consolidado. A Cosan espera um aumento de receita líquida vindo do negócio de distribuição de combustível que está sendo constituído pela Shell.

A Raízen iniciou suas atividades em fevereiro com capacidade de moagem de cana-de-açúcar de 62 milhões de toneladas por ano – e a meta de ampliar essa capacidade para 100 milhões de toneladas nos próximos cinco anos.

Essa expansão será realizada por meio de aquisições, crescimento orgânico e, principalmente, pela expansão da produção nas atuais usinas. “Podemos aumentar 15 milhões de toneladas dentro de casa”, disse Marcos Lutz, diretor presidente da Cosan.

O crescimento orgânico custa, para a Cosan, aproximadamente, 140 dólares por tonelada - a parte agrícola muda de acordo com a região, com o nível de incentivo ao produtor local, segundo a empresa. Com o aumento de capacidade, a produção de etanol deve passar dos atuais 2,2 bilhões de litros para 5 bilhões de litros.

A receita da Cosan no ano fiscal de 2011 foi de 18,0 bilhões de reais. Desse total, 11,8 bilhões de reais são referentes ao negócio de distribuição de combustíveis e lubrificantes (Cosan Combustíveis e Lubrificantes).  O negócio de distribuição de combustíveis será operado pela Raízen, enquanto que o de lubrificantes continuará sendo administrado diretamente pela Cosan.

Ano fiscal 2012

O foco dos investimentos da Cosan depois da Raízen será a Rumo. Os investimentos na Rumo devem se aproximar de 550 milhões de reais, em linha com o ano anterior. Os investimentos em lubrificante, açúcar e radar serão relativamente pequenos comparados com esses números, segundo a Cosan.

Nesse ano a empresa acredita que o consumo de etanol deve subir. As vendas de automóveis indicam o que acontece na venda de combustíveis no ano seguinte, segundo Lutz, como o setor está aquecido, a expectativa da empresa é que o consumo de etanol acompanhe.

Para o ano fiscal de 2012, a companhia estima ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) entre 1,8 bilhão de reais e 2,2 bilhões de reais. Veja os resultados da Cosan no ano fiscal de 2011:

  Montante total no ano fiscal de 2011 Variação em relação ao ano fiscal de 2010
Receita líquida 18,1 bilhões de reais 17,8%
Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) 2,7 bilhões de reais 22,4%
Lucro líquido 771,6 milhões de reais queda de 26,8%

A Cosan já está adotando o padrão IFRS na divulgação de seus resultados.

Acompanhe tudo sobre:AgronegócioAlimentos processadosAtacadoComércioCosanEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasIndústria do petróleoInvestimentos de empresasRaízenShellTrigo

Mais de Negócios

OPINIÃO: Na lama da tragédia, qual política devemos construir?

Conheça a Rota das Artes, o novo roteiro turístico de Minas Gerais

Fabricio Bloisi deixa operação do iFood para assumir comando de grupo de investimentos Prosus

Conheça a CEO que nunca descansa, nem cobra salário – isso porque ela é uma inteligência artificial

Mais na Exame