Conheça a história da Olga Ri, foodtech de saladas que fatura R$ 21 milhões
Fundada em 2016 com R$ 30 mil, delivery de saladas conta com quase 200 funcionários e atende mais de 10 mil clientes todos os meses
Isabela Rovaroto
Publicado em 28 de julho de 2022 às 08h00.
Última atualização em 1 de agosto de 2022 às 11h12.
Da arquitetura para o delivery de saladas. Essa foi a transição de carreira que Beatriz Samara e Cristina Sindicic fizeram para criar seu próprio negócio em 2016. O Olga Ri, que na época se chamada Casa Buon Gusto, nasceu após um convite do irmão de Cristina, Bruno Sindicic. Com R$ 10 mil de cada sócio e uma cozinha na Vila Olímpia da mãe dos irmãos Sindicic, eles começaram a preparar e vender saladas para amigos que trabalhavam no mercado financeiro.
“A gente nunca tinha visto de perto alguém fazer transição de carreira. Nós não tínhamos referências. A nossa inocência nos permitiu chegar até aqui. Nós tínhamos medo, mas nos apoiávamos muito", conta Cristina Sindicic. "A gente sempre pensava no dia seguinte e em como vender a melhor salada", completa.
Beatriz e Cristina se conheceram no trabalho e moraram juntas durante um intercâmbio na Espanha. Elas se encarregavam de todas as tarefas do empreendimento, como criação do cardápio, atendimento ao cliente, gerenciamento de entregas e compra de ingredientes com fornecedores. No início, cerca de dez saladas eram vendidas por dia.
Até 2018, o delivery de saladas cresceu com uma equipe enxuta e com a divulgação dos feita pelos próprios clientes. Naquele ano, a Olga Ri recebeu sua primeira rodada de investimentos liderada pela Kaszek. "Esse momento marcou a transição de um negócio amador para uma empresa de fato. Nós formamos equipes e desenvolvemos nossa área de tecnologia", conta Sindicic.
Hoje, Cristina Sindicic ocupa o cargo de CCO e é responsável pela comunicação da empresa; Beatriz Samara é CPO e toca as áreas de produto e funcionários; e Bruno Sindicic é o CEO da Olga Ri.
Com um portfólio de produtos com saladas, bowls e sopas, a Olga Riatende mais de 10 mil clientes todos os meses e faturou cerca de R$ 21 milhões no ano passado. O ticket médio é R$ 65. A startup conta quase 200 funcionários e com cinco dark kitchens em São Paulo, na Vila Olímpia, Jardins, Mooca, Lapa e Santana.
Outras duas rodadas de investimento foram lideradas pela Kaszek, a última de R$ 30 milhões em abril deste ano. Entre os planos da foodtech para os próximos dois anos estão inaugurar uma cozinha no Rio de Janeiro, triplicar o número de dark kitchens em São Paulo e abrir pelo menos cinco restaurantes físicos nas duas cidades.
“A abertura em novas cidades e de novos formatos traz desafios. Queremos continuar desenvolvendo uma cadeia de fornecimento sustentável e adaptar nosso cardápio a cada cidade em que operamos", diz Beatriz Samara.
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