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Como será a expansão do uso de QR Code nos ônibus de São Paulo — e qual startup lidera o projeto

Os novos trajetos de ônibus contemplados estão na zona sul de São Paulo e movimentam cerca de 1,3 milhão de passageiros por mês

O projeto é liderado pela startup UPM2, em parceira da SPTrans (UPM2/Divulgação)
MB

Marcos Bonfim

Publicado em 6 de outubro de 2022 às 11h00.

Última atualização em 6 de outubro de 2022 às 11h13.

A cidade de São Paulo está ampliando o serviço de pagamento de tarifas de ônibus com o uso de QR Codes a partir desta quinta-feira, 5. O serviço, oferecido a partir do app SP Pass e iniciado em outubro de 2021 com uma linha de ônibus, passa a ser disponibilizado em outras cinco linhas.

A iniciativa faz parte do projeto que pretende transformar São Paulo em uma "cidade inteligente", conceito que reflete sobre ecossistema a partir do qual os recursos tecnológicos se conectam para oferecer melhores experiências aos cidadãos.

Os novos trajetos de ônibus contemplados estão na zona sul de São Paulo e movimentam cerca de 1,3 milhão de passageiros por mês, distribuídos em cerca de 170 veículos. Na fase anterior, como prova de conceito, a linha recebia cerca de 6 mil passageiros por mês.

As linhas que estão sendo integradas ao projeto são:

Quais os aprendizados no primeiro ano

O projeto é liderado pela UPM2, startup criada em 2010 e que atua com foco em projetos de mobilidade urbana. É realizado em parceira da SPTrans, responsável pela gestão dos ônibus municipais em São Paulo.

O primeiro ano serviu para mostrar como a tecnologia do QR Code já está inserida no dia a dia das pessoas e não oferece barreiras de entrada, segundo Luiz Felipe Petroni, cofundador da startup ao lado do irmão Rodrigo Petroni, que ocupa o cargo de CEO.

“Você não tem que ter um smartphone supermoderno, não tem que ter cartão de crédito. A primeira coisa que sentimos foi essa facilidade de não ter uma barreira de acesso”, afirma.

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Apesar da ampliação, o avanço da tecnologia ainda é tímido considerando a quantidade de pessoas que são transportadas em dias úteis, aproximadamente 10 milhões, de acordo com dados da SPTrans.

O que acontece, segundo Petroni, é que o desenvolvimento do modelo de QR Code para ônibus é mais complexo do que para outros modais, como metrô e trens, que têm um ambiente mais controlado, catracas com fibra ótica etc.

No caso dos ônibus, a solução precisa lidar com trepidações, ônibus que não voltam para a garagem e também com "sombras", que podem interferir nos sinais da tecnologia.

Além disso, uma adoção mais robusta requer que mais carros tenham validadores atualizados e que permitam o uso de QR Code.

“A gente vê que todos os empresários e a própria SPTrans querem ter esse sistema a bordo. É uma questão de atualização do sistema embarcado para ampliar o projeto”, explica sobre os próximos passos da iniciativa.

A nova etapa também incluiu o Pix como modalidade de pagamento para a recarga do Bilhete Único e deve receber a opção de cartão de débito. Antes, o serviço só permitia pagamentos a partir de contas digitais.

Qual o momento da startup

A evolução do modelo de negócios deve contribuir para que a startup mantenha o ritmo de expansão, atualmente cresce 30% ao mês.

O percentual é resultado tanto de projetos de mobilidade quanto do uso do app como um marketplace, onde dispõe de informações sobre empresas como Tembici, Clickbus, 99.

"Nós queremos modernizar o sistema de transporte público e melhorar a jornada dos usuários", afirma Petroni.

O momento também é de expectativa na startup, que está negociando uma rodada de captação série A. Até por isso, o executivo não abriu números sobre o faturamento atual da empresa.

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