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Como as empresas podem escapar da armadilha das metas

Em tempos de competição crescente, estabelecer metas setoriais pode atrapalhar mais do que ajudar

Metas e bônus são importantes, mas também podem provocar competição entre departamentos (Stock.xchng)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de janeiro de 2011 às 16h39.

São Paulo – Enquanto os lucros só aumentam, é difícil dizer que algo está errado na empresa, mas é exatamente neste momento que os gestores precisam ficar mais atentos. Parte do crescimento vem do cumprimento de metas traçadas a cada ano, mas, quando a concorrência fica mais acirrada, elas podem se tornar verdadeiras muralhas que impedem a colaboração das equipes dentro de uma empresa.
É natural que a estrutura de uma companhia se torne mais complexa à medida em que cresce. Aumenta o número de funcionários, novos departamentos são criados, operações em outras praças são abertas. E, com isso, o lançamento de metas individuais, setoriais, departamentais e o que for.
O efeito colateral é que o ambiente interno fica cada vez mais hostil, com diretorias em guerra umas contra as outras e frequentes boicotes a departamentos vistos como rivais.
Terapia de grupo
Nestas situações, o melhor que a companhia pode fazer é o óbvio: lembrar que, acima de tudo, o que vale é o resultado geral e, para isso, todos os departamentos devem atuar em parceria. De modo prático, isso pode significar abrir mão dos indicadores, metas e bonificações separados por setor.
Para Carlos Bremer, diretor da consultoria Axia Value Chain, o presidente da empresa é quem tem mais facilidade para compreender essa necessidade, mas ainda há barreiras. “Quando o CEO tenta descobrir onde está o problema, pergunta para cada um separadamente”, afirma. Isso faz com que, geralmente, o presidente não consiga chegar a um diagnóstico exato da situação, já que cada departamento vai dar a versão que lhe for mais conveniente.
Quem precisa passar por uma verdadeira terapia em grupo são as diretorias e os conselhos de administração, que, segundo Bremer, muitas vezes não compreendem as relações entre as diversas instâncias do negócio e a necessidade de olhar para elas de forma integrada.
Tecnologia não é tudo
Quando começam a se conscientizar, muitos deles caem em outra armadilha: considerar que a tecnologia e os softwares de gestão podem resolver todos os problemas. “A tecnologia é um grande vetor dessa reestruturação, mas não resolve tudo”, diz Plínio Targa, outro diretor da Axia Value Chain.
Apesar dos trancos e barrancos de várias empresas para compreender a nova realidade, os consultores acreditam que hoje há uma tendência para a mudança de cultura. Targa aposta que a nova geração de executivos já chega ao mercado mais aberta a mudanças: “Temos uma geração mais nova e isso traz inovação e a necessidade de buscar novos modelos de gestão”.

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É natural que a estrutura de uma companhia se torne mais complexa à medida em que cresce. Aumenta o número de funcionários, novos departamentos são criados, operações em outras praças são abertas. E, com isso, o lançamento de metas individuais, setoriais, departamentais e o que for.
O efeito colateral é que o ambiente interno fica cada vez mais hostil, com diretorias em guerra umas contra as outras e frequentes boicotes a departamentos vistos como rivais.
Terapia de grupo
Nestas situações, o melhor que a companhia pode fazer é o óbvio: lembrar que, acima de tudo, o que vale é o resultado geral e, para isso, todos os departamentos devem atuar em parceria. De modo prático, isso pode significar abrir mão dos indicadores, metas e bonificações separados por setor.
Para Carlos Bremer, diretor da consultoria Axia Value Chain, o presidente da empresa é quem tem mais facilidade para compreender essa necessidade, mas ainda há barreiras. “Quando o CEO tenta descobrir onde está o problema, pergunta para cada um separadamente”, afirma. Isso faz com que, geralmente, o presidente não consiga chegar a um diagnóstico exato da situação, já que cada departamento vai dar a versão que lhe for mais conveniente.
Quem precisa passar por uma verdadeira terapia em grupo são as diretorias e os conselhos de administração, que, segundo Bremer, muitas vezes não compreendem as relações entre as diversas instâncias do negócio e a necessidade de olhar para elas de forma integrada.
Tecnologia não é tudo
Quando começam a se conscientizar, muitos deles caem em outra armadilha: considerar que a tecnologia e os softwares de gestão podem resolver todos os problemas. “A tecnologia é um grande vetor dessa reestruturação, mas não resolve tudo”, diz Plínio Targa, outro diretor da Axia Value Chain.
Apesar dos trancos e barrancos de várias empresas para compreender a nova realidade, os consultores acreditam que hoje há uma tendência para a mudança de cultura. Targa aposta que a nova geração de executivos já chega ao mercado mais aberta a mudanças: “Temos uma geração mais nova e isso traz inovação e a necessidade de buscar novos modelos de gestão”.
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