Com torres da Oi, BR Towers, da GP, dobra de tamanho
A empresa de telecomunicações foi autorizada a obter os direitos de uso de 2.113 torres da operadora Oi
Da Redação
Publicado em 29 de agosto de 2013 às 10h23.
São Paulo - A BR Towers, empresa especializada na gestão de infraestrutura de telecomunicações , recebeu na semana passada a aprovação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para obter os direitos de uso de 2.113 torres da operadora Oi.
O negócio, fechado por R$ 502 milhões, é o terceiro desde a criação da companhia pelo fundo GP Investimentos, em setembro de 2012, e fez com que a presença dobrasse de tamanho.
Em setembro de 2010, a BR Towers já havia adquirido 1.912 torres da Vivo por cerca de R$ 500 milhões e, em janeiro de 2012, ela incorporou a Sitesharing, que administra 100 torres de telefonia alugada para operadoras.
O negócio de agora - que eleva o número de torres para 4.128 e faz a empresa projetar faturamento de R$ 162 milhões em 2014 - ocorre logo após a concorrente American Tower (a maior no setor) levar 2.790 torres da Nextel no Brasil por aproximadamente de US$ 413 milhões.
Ceder os direitos de uso de suas próprias torres para outras empresas é um benefício duplo para as operadoras. De um lado, elas levantam capital para investir na prestação dos serviços ao consumidor, como telefonia, banda larga e fibra óptica. De outro, elas se livram de um ativo complicado e custoso.
As torres, para empresas como a BR Towers, são como prédios, nos quais cada andar é alugado para uma operadora (que ali colocará sua antena). Nós compartilhamos o espaço entre o maior número possível de operadoras, diz Mauricio Giusti, presidente da empresa. É um procedimento mais eficiente (para as operadoras) do que construir uma torre só para ela e manter ali espaços ociosos.
Essa visão tende a ganhar força, se considerado o interesse da operadora em concentrar seu esforços mais nos serviços voltados ao consumidor e menos na infraestrutura básica.
Hoje, 25% das torres do Brasil são administradas por companhias especializadas nisso; os outros 75% estão nas mãos das operadoras. Nos Estados Unidos, a distribuição é de 50% para cada uma das partes.
Outras das principais empresas desse setor no Brasil são Brazil Tower Company e Telcom Tower. O especialista em telecomunicações Guilherme Ieno diz que elas fazem o que as operadoras não querem fazer, que é a gestão de toda essa infraestrutura.
E as exigências do setor são como uma colcha de retalhos, porque cada município tem uma regra. Segundo o sindicato das empresas de telefonia, 1.805 municípios estão sob efeito de leis municipais ou estaduais que impõem barreiras à instalação de antenas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
São Paulo - A BR Towers, empresa especializada na gestão de infraestrutura de telecomunicações , recebeu na semana passada a aprovação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para obter os direitos de uso de 2.113 torres da operadora Oi.
O negócio, fechado por R$ 502 milhões, é o terceiro desde a criação da companhia pelo fundo GP Investimentos, em setembro de 2012, e fez com que a presença dobrasse de tamanho.
Em setembro de 2010, a BR Towers já havia adquirido 1.912 torres da Vivo por cerca de R$ 500 milhões e, em janeiro de 2012, ela incorporou a Sitesharing, que administra 100 torres de telefonia alugada para operadoras.
O negócio de agora - que eleva o número de torres para 4.128 e faz a empresa projetar faturamento de R$ 162 milhões em 2014 - ocorre logo após a concorrente American Tower (a maior no setor) levar 2.790 torres da Nextel no Brasil por aproximadamente de US$ 413 milhões.
Ceder os direitos de uso de suas próprias torres para outras empresas é um benefício duplo para as operadoras. De um lado, elas levantam capital para investir na prestação dos serviços ao consumidor, como telefonia, banda larga e fibra óptica. De outro, elas se livram de um ativo complicado e custoso.
As torres, para empresas como a BR Towers, são como prédios, nos quais cada andar é alugado para uma operadora (que ali colocará sua antena). Nós compartilhamos o espaço entre o maior número possível de operadoras, diz Mauricio Giusti, presidente da empresa. É um procedimento mais eficiente (para as operadoras) do que construir uma torre só para ela e manter ali espaços ociosos.
Essa visão tende a ganhar força, se considerado o interesse da operadora em concentrar seu esforços mais nos serviços voltados ao consumidor e menos na infraestrutura básica.
Hoje, 25% das torres do Brasil são administradas por companhias especializadas nisso; os outros 75% estão nas mãos das operadoras. Nos Estados Unidos, a distribuição é de 50% para cada uma das partes.
Outras das principais empresas desse setor no Brasil são Brazil Tower Company e Telcom Tower. O especialista em telecomunicações Guilherme Ieno diz que elas fazem o que as operadoras não querem fazer, que é a gestão de toda essa infraestrutura.
E as exigências do setor são como uma colcha de retalhos, porque cada município tem uma regra. Segundo o sindicato das empresas de telefonia, 1.805 municípios estão sob efeito de leis municipais ou estaduais que impõem barreiras à instalação de antenas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.