Com queda nos iPhones, Apple lança streaming bilionário
Seguindo os passos da Disney, o novo negócio irá disputar espaço com Netflix e Amazon Prime
Da Redação
Publicado em 24 de março de 2019 às 19h36.
Última atualização em 25 de março de 2019 às 16h10.
Quando uma empresa com 900 bilhões de dólares de valor de mercado e quase 250 bilhões de dólares em caixa divulga um novo negócio, a expectativa só poderia ser gigantesca. É o que acontece nesta segunda-feira com a empresa de tecnologia Apple , que lançaum serviço de streaming em vídeo semelhante a plataformas como as gigantes Netflix e Amazon Prime. A aposta mira o futuro num momento de questionamentos sobre seu principal produto.
O evento de lançamento da nova plataforma acontecerá no teatro Steve Jobs, fundador já falecido da companhia, na Califórnia, às 14 horas no horário de Brasília. Entre os confirmados para a cerimônia estão grandes nomes do cinema, como Steven Spielberg e J.J Abrams.
O novo empreendimento da Apple acompanha o fluxo de grandes companhias que, de olho no crescimento do mercado de streaming, miram no modelo de conteúdo em vídeo por assinatura. Na última semana, após o fechamento da tão esperada compra da 21st Century Fox pela Walt Disney, negócio que já era previsto há quase um ano, a companhia do Mickey Mouse finalmente pôde começar a organizar o catálogo do Disney+, serviço de streaming que deve entrar no mercado até o final de 2019 e contará com conteúdo próprio da Disney e de sua mais nova aquisição.
Além do serviço de streaming em vídeo, a principal atração do evento que a Apple realizará hoje, a companhia também deve lançar três outros negócios: uma plataforma de acesso a diversos veículos jornalísticos, um novo serviço de games e um cartão de crédito vinculado ao já existente aplicativo Wallet, disponível para iPhones.
Somente no quarto trimestre de 2018, a Apple registrou uma baixa de 15% nas vendas de seu principal produto, o iPhone, no comparativo com o mesmo período do ano anterior. Nesse cenário, a companhia já investiu 1 bilhão de dólares na produção de conteúdo para seu novo serviço, que já conta com, pelo menos, dez títulos originais. Competir com HBO, Amazon e Netflix não será barato. Mas dinheiro não será problema para a Apple.