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Com mudança no Bradesco, áreas de CEO do Next são fatiadas

O Bradesco anunciou mudanças na executiva, com objetivo de enfrentar os desafios concorrenciais e causados pela pandemia do novo coronavírus

Bradesco: As mudanças visam dois objetivos de atenção: o aumento da competitividade via o atendimento digital, que disparou em meio à pandemia, e foco nas demandas e necessidades do cliente (Paulo Whitaker/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 1 de março de 2021 às 14h04.

Última atualização em 1 de março de 2021 às 14h54.

O Bradesco anunciou mudanças na executiva, mencionando como objetivo endereçar os desafios desta década, marcada pelo aumento da concorrência no setor financeiro e ainda os efeitos econômicos da pandemia do novo coronavírus.

Nesse sentido, decidiu criar uma vice-presidência voltada a clientes, ampliando a alta cúpula do banco de quatro para cinco vice-presidências, e também indicou um presidente para o Next, seu banco digital.

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"Precisamos responder a esse momento desafiador investindo em pessoas, conhecimento e tecnologia", avalia o presidente do Bradesco, Octavio de Lazari, em nota.

De acordo com ele, as mudanças compreendem dois objetivos de atenção: o aumento da competitividade via o atendimento digital, que disparou em meio à pandemia, e foco nas demandas e necessidades do cliente. "As mudanças que estamos vivenciando já há alguns anos implicam em transformações relevantes da nossa atividade. Com a pandemia, essa dinâmica se acelerou", diz o executivo.

Além do aspecto tecnológico, Lazari chama atenção, dentre outros fatores, para alterações na forma da política monetária, a competição gerada pelo open banking, que vai permitir o compartilhamento de dados dos clientes entre as instituições, e os novos meios de pagamentos.

"Essas mudanças são um processo em evolução, e não uma fotografia de momento, com várias implicações no balanço de riscos da atividade bancária. Portanto, é natural endereçar respostas adequadas como as que anunciamos hoje, que têm o sentido de preservar e ampliar nossa capacidade de produção de riquezas aos acionistas", acrescenta.

A vice-presidência com foco nos clientes vai abrigar o cargo de Chief Customer Officer (CCO). A prioridade, segundo Lazari, é investir na "melhor experiência do cliente com o banco", levando em conta suas necessidades e insatisfações.

O CCO será o vice-presidente Rogério Câmara, que foi promovido da Diretoria Executiva. Sob sua gestão estarão, ainda, as áreas de Desenvolvimento de Sistemas, Arquitetura de TI, Gestão de Dados, CRM e Bradesco Experience.

Já para comandar o Next, o Bradesco indicou Renato Ejnisman, que será o primeiro executivo na presidência do banco digital, que recentemente ganhou vida própria, após ser criado em 2017.

Antes, o executivo era diretor executivo e respondia pela Bradesco Asset Management (Bram), BAC Florida Bank, Câmbio, Private e Corporate One. Com a mudança, Ejnisman deixa suas funções no Bradesco para ter dedicação exclusiva à expansão do Next, que soma hoje 4 milhões de clientes.

O Bradesco também anunciou a promoção do diretor departamental Oswaldo Tadeu Fernandes a diretor executivo adjunto, como Chief Financial Officer (CFO) responsável pela Controladoria, Contadoria e Responsabilidade Socioambiental. Com isso, Fernandes passa a integrar o corpo da Diretoria Executiva do banco.

No Bradesco BBI, o executivo Felipe Thut foi confirmado para o cargo de diretor do banco de investimento, função que ocupava interinamente.

Com mudanças no Bradesco, áreas do Next são fatiadas

As mudanças promovidas pelo Bradesco na cúpula executiva geraram um efeito cascata no conglomerado, com promoções e redistribuições de funções. Com a indicação do diretor executivo Renato Ejnisman como o primeiro presidente do Next, braço digital do banco e que soma 4 milhões de clientes, as áreas sob seu comando foram entregues a um trio de executivos.

O BAC Florida, adquirido recentemente, e o chamado Corporate One segmento que atende empresas com faturamento de R$ 30 milhões a R$ 500 milhões, passam para as mãos do diretor executivo do Bradesco, Leandro Miranda. As novas áreas se somam às que já estavam sob seu escopo e que incluem relações com investidores, e corretoras, incluindo a Ágora, e ainda private equity, que adquire participações em empresas.

Enquanto isso, câmbio, negócios internacionais e a gestora de recursos do Bradesco, a Bram, serão chefiadas pelo diretor executivo Roberto de Jesus Paris, que já capitaneia tesouraria e o departamento de pesquisas e estudos econômicos do banco, o Depec.

A área de private banking, responsável por atender os clientes afortunados no banco, ficará sob os cuidados do diretor executivo Guilherme Leal. Antes, ele já comandava a alta renda, o Bradesco Prime.

Mais cedo, o Bradesco comunicou alterações no seu corpo executivo, mencionando como objetivo endereçar os desafios desta década, marcada pelo aumento da concorrência no setor financeiro e ainda os efeitos econômicos da pandemia do novo coronavírus.

Nesse sentido, decidiu criar uma vice-presidência voltada a clientes, ampliando a alta cúpula do banco de quatro para cinco vice-presidências, e também indicou um presidente para o Next, seu banco digital e que recentemente ganhou vida própria.

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