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Com doações da Gerdau e da Vale, novo fundo mira R$ 100 milhões para ajudar a reconstruir o RS

Dinheiro será usado para apoiar projetos de educação, habitação, soluções urbanas e apoio a negociações

Enchentes no RS: 540.188 pessoas ficaram fora de casa (Carlos Macedo/Bloomberg/Getty Images)
Daniel Giussani

Repórter de Negócios

Publicado em 18 de junho de 2024 às 17h51.

Última atualização em 18 de junho de 2024 às 17h59.

Foi lançado nesta terça-feira, 18, um novo fundo filantrópico para ajudar na reconstrução do Rio Grande do Sul, duramente atingido pelas chuvas entre os meses de abril e maio.

Chamado RegeneraRS, o fundo já começa com 38 milhões de reais em caixa. Desses, 30 milhões de reais vieram da Gerdau e do Instituto Helda Gerdau. Os outros 8 milhões de reais são da mineradora Vale.

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A meta, porém, é alcançar 100 milhões de reais em recursos para apoiar projetos em quatro áreas temáticas:

As iniciativas serão mapeadas e selecionadas por uma governança que conta com o apoio de grupos técnicos e temáticos.

“Para além da seleção de iniciativas que receberão apoio emergencial, os grupos técnicos irão coletar aprendizado para contribuir com o desenvolvimento de soluções de longo prazo que visem a reconstrução resiliente, inclusiva, equitativa e regenerativa do Rio Grande do Sul”, diz o cofundador da Din4mo Lab, Marcel Fukayama, que será responsável pela gestão do fundo.

Fundo recebe novas doações

A iniciativa está na fase de prospecção de novos doadores. Ao mesmo tempo, conversam com algumas iniciativas-âncora para receber as doações, como a Gerando Falcões, o Pacto Alegre, o Movimento Brasil Competitivo e o ReconstróiRS.

“Queremos ajudar na reconstrução do estado, apoiando projetos que contribuam com o amanhã mais sustentável", diz Beatriz Johannpeter, diretora do Instituto Helda Gerdau. "Acreditamos que, com a ação coletiva, podemos construir um Rio Grande do Sul mais preparado e mais consciente em relação às mudanças climáticas”.

Os doadores do fundo poderão orientar a doação para uma causa específica, desde que esteja dentro das linhas temáticas definidas pelo RegeneraRS. Neste caso, é necessário que o projeto seja aprovado a partir dos critérios estabelecidos pelo conselho deliberativo.

No momento, o RegeneraRS será focado nas quatro áreas, mas também serão considerados projetos voltados para outros públicos e segmentos, como mulheres e crianças, saúde e segurança alimentar, por exemplo, desde que estejam vinculados a iniciativas com vetores em moradia ou educação.

Negócios em Luta

A série de reportagensNegócios em Lutaé uma iniciativa da EXAME para dar visibilidade ao empreendedorismo do Rio Grande do Sul num dos momentos mais desafiadores na história do estado. Cerca de 700 mil micro e pequenas empresas gaúchas foram impactadas pelas enchentes que assolaram o estado no mês de maio.

São negócios de todos os setores que, de um dia para o outro, viram a água das chuvas inundar projetos de uma vida inteira. As cheias atingiram 80% da atividade econômica do estado, de acordo com estimativa da Fiergs, a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul.

Os textos doNegócios em Lutamostram como os negócios gaúchos foram impactados pela enchente histórica e, mais do que isso, de que forma eles serão uma força vital na reconstrução do Rio Grande do Sul daqui para frente. Tem uma história? Mande paranegociosemluta@exame.com.

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