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Climão na Visa

Cartão vermelho para o presidente

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

Mais surpreendente do que a saída repentina de Ricardo Gribel da presidência da Visa, líder no segmento de cartões de crédito, foi a forma como ocorreu. Primeiro presidente brasileiro da Visa, Gribel ocupava o cargo desde julho de 1998. Na primeira semana de outubro, foi demitido por Eduardo Eraña, presidente da Visa Internacional para a América Latina e Caribe. Eraña deixou o escritório de Miami para entregar a carta de demissão a Gribel e assumir interinamente seu posto. Gribel também se retira dos conselhos de administração da Visa Vale e da Visanet.

Executivos ligados à Visa interpretam a demissão como o ápice de um duelo antigo. A relação entre Eraña e Gribel se deteriorava havia meses -- não por causa dos resultados da operação, mas pelo jeito de conduzir os negócios. "O escritório em Miami vinha tentando ampliar o controle sobre o Brasil", diz uma pessoa ligada ao executivo. "Para alguém como Gribel, de temperamento forte, isso era uma afronta." Por sua vez, ele teria passado a tomar decisões sem consultar seus superiores. O mais recente sinal de que o clima estava insustentável foi a saída de Rubén Osta da presidência da Visanet, há três semanas, para ocupar o mesmo cargo na concorrente Redecard. Osta e Gribel se batiam de frente, e a ida do executivo para a concorrente foi traumática. O estilo enérgico de Gribel com a equipe era controverso: para alguns, denotava foco no resultado. Para outros, falta de habilidade no trato com as pessoas.

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Numa coisa, pelo menos, ambos os lados concordam: nem a Visa nem Gribel querem comentar o assunto.

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