São Paulo – O Citigroup anunciou na última segunda-feira (23) a demissão de 1.000 funcionários do segmento hipotecário. A medida foi tomada devido ao fim do boom de refinanciamento que não movimenta como antes o setor bancário dos Estados Unidos. Até o momento, 7.000 pessoas foram demitidas em grandes credores e o aumento de empréstimos para habitação passa a desaparecer.

A subida das taxas de juros, que freou o interesse do consumidor para comprar casas novas e refinanciar hipotecas, foi o principal motivo para que o interesse no setor diminuísse. Um exemplo disso foi o corte de mais de 4.000 postos de trabalho nos últimos meses pelo Wells Fargo, o maior credor hipotecário dos Estados Unidos. Já o Bank of America, demitiu cerca de 2.000 funcionários.

O Citi é o sexto maior credor hipotecário nos Estados Unidos e registrou, no segundo semestre, 3,9% do mercado, segundo o Inside Mortage Finance. O banco alcançou 17,2 bilhões de dólares em hipotecas nesse período, 4% menor em relação ao trimestre anterior.

Para Frederick Cannon, analista da Keefe Bruyette& Woods, todos os bancos, independente do porte, estão sendo afetados na receita de hipoteca e para conter a crise, poderão reagir com a redução de custos e funcionários.

No mês de julho, o Citibank já havia demonstrado que os negócios nessa área não estavam bons: 120 trabalhadores foram demitidos em Danville, Illinois. Ao que tudo indica, essa nova leva poderá ser a maior demissão do quadro de funcionários do grupo associado ao mercado de hipoteca.

Em nota, o Citi anunciou que, em resposta à redução da demanda de hipotecas e refinanciamento, CitiMortgage está eliminando algumas posições dentro da empresa. “As ações refletem nos esforços contínuos de aumentar a eficiência da operação e se adaptar às mudanças do mercado, além de posicionar a empresa para o futuro”.

Ainda por meio do comunicado o banco afirmou que está trabalhando para ajudar os funcionários a se realocar no grupo.