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Cisco pede para UE anular compra da Skype pela Microsoft

Fabricante de equipamentos de rede afirma que as autoridades europeias erraram ao permitirem a criação de um monopólio


	Microsoft anúnciou a compra do Skype por US$ 8,5 milhões em maio de 2011
 (Getty Images)

Microsoft anúnciou a compra do Skype por US$ 8,5 milhões em maio de 2011 (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 29 de maio de 2013 às 10h36.

Luxemburgo - A Cisco Systems, maior fabricante de equipamentos de rede do mundo, pediu a um tribunal da União Europeia nesta quarta-feira para anular a aprovação da compra da Skype pela Microsoft, afirmando que as autoridades europeias erraram ao permitirem a criação de um monopólio.

O pedido da Cisco, feito junto ao Tribunal Geral de Luxemburgo, foi feito depois que a Comissão Europeia aprovou o acordo de 8,5 bilhões de dólares em 2011. As autoridades não exigiram que a Microsoft fizesse qualquer concessão por causa da compra da companhia de telefonia pela Internet. A Cisco argumenta que a não imposição de condições para a aquisição deu à Microsoft/Skype uma vantagem injusta.

Um terço das chamadas telefônicas de voz do mundo ocorrem atualmente via Skype enquanto mais de 280 milhões de usuários utilizam o serviço por mais de 100 minutos por mês, afirmou em março o vice-presidente de operações da Microsoft, Kevin Turner. Na época do acordo com a Microsoft, a Skype tinha 170 milhões de usuários.

"A fusão criou um monopólio efetivo e condenou competidores a nichos. A argumentação (levada em conta pela Comissão Europeia) incorreu em uma série de erros", afirmou Luis Ortiz Blanco, advogado da Cisco, aos juízes da segunda mais alta corte da Europa.

Por sua vez, Corneliu Hoedlmayr, um advogado da Comissão, afirmou que os argumentos da Cisco não foram convincentes.

"Os queixosos não trouxeram evidência de prejuízo à competição", disse ele no tribunal, citando a existência de outros rivais da Skype como o Google Talk.

Os juízes vão tomar uma decisão sobre o pedido da Cisco nos próximos meses. O veredicto prevê apelação à Corte Europeia de Justiça, mais alta instância da UE.

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