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Três Gargantas compra 49% da unidade portuguesa da EDPR

Acordo de 359 milhões de euros prevê que a companhia chinesa continue estratégia de rotação de ativos da EDPR


	Aerogeradores: operação inclui 615 megawatts de parques eólicos da EDP em operação em Portugal

Aerogeradores: operação inclui 615 megawatts de parques eólicos da EDP em operação em Portugal

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Da Redação

Publicado em 20 de dezembro de 2012 às 16h23.

Lisboa - A EDP Energias de Portugal vendeu uma participação de 49 por cento da unidade portuguesa da EDP Renováveis (EDPR) --quarta companhia do segmento de energia eólica mundial em termos de capacidade instalada-- à chinesa Três Gargantas (CTG) por 359 milhões de euros, anunciou a EDPR.

"A EDPR chegou hoje a acordo com a China Three Gorges International, uma subsidiária controlada integralmente pela CTG, para a venda de uma participação acionária representativa de 49 por cento do capital social da EDPR e de 25 por cento dos suprimentos realizados a esta sociedade, por um preço global de 359 milhões de euros", disse a EDPR em comunicado.

A empresa disse que a venda insere-se no contexto da parceria estratégica estabelecida em dezembro de 2011 entre a EDP e a chinesa Três Gargantas, e permite dar continuidade "à estratégia de rotação de ativos da EDPR".

"A transação abrange 615 megawatts (MW) de parques eólicos em operação em Portugal, com uma vida média de 6 anos, assim como 29 MW em desenvolvimento", acrescentou.

No final de 2011, dentro da privatização prevista no resgate da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI) a Portugal, o Estado transferiu 21,35 por cento da EDP à CTG por 2,693 bilhões de euros, o que representou um elevado prêmio de 54 por cento, e as duas empresas firmaram uma parceria estratégica.


O acordo previa que a chinesa comprasse fatias minoritárias em parques eólicos da subsidiária EDPR, com um valor global de 2 bilhões de euros, dos quais 800 milhões de euros pagos até maio de 2013.

No âmbito dessa aliança, a CTG assegurou 2 bilhões de euros em linhas de financiamento com o China Development Bank à EDP a taxas favoráveis, crucial num momento em que os mercados internacionais se fecharam para Portugal e os custos de financiamento alcançaram níveis altos.

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