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Chevron esfria apetite por emprego na indústria petrolífera

Funcionários estáo exigindo que companhias garantam saída rápida do país no caso de derrame de óleo, como o que foi causado pela Chevron

Mancha de petróleo no mar depois do vazamento da Chevron, no Rio de Janeiro: derramamento no campo de Frade, ocorrido em novembro do ano passado, foi um dos problemas recentes do setor (AFP/AgenciaPetróleo/Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de dezembro de 2012 às 16h47.

Rio de Janeiro - As companhias de petróleo estão tendo problemas para contratação de trabalhadores estrangeiros, mão-de-obra crucial para a indústria do Brasil em plena expansão, por causa de casos criminais e civis contra funcionários da Chevron e da Transocean, disse o presidente de uma associação da indústria nesta segunda-feira.

Alguns trabalhadores necessários para operar equipamentos de alta tecnologia e sondas de perfuração de petróleo querem garantias de uma saída rápida do Brasil em caso de derrame de óleo no mar, disse João Carlos De Luca, presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo, em um evento no Rio de Janeiro sobre os riscos de investimento do país.

"Algumas empresas tiveram de fazer alterações em contratos de trabalho, oferecendo helicópteros e bilhetes de avião abertos para os seus trabalhadores poderem sair do país imediatamente se houver um acidente", disse De Luca.

"Com a ausência de leilões de concessões e as repercussões do vazamento de Frade, foi um ano muito ruim para o negócio de petróleo no Brasil." As ações criminais e civis da Chevron e Transocean em função do derramamento de óleo em novembro de 2011 no campo de Frade são um dos mais recentes problemas para a indústria de petróleo.

O setor também enfrenta mudanças na lei, a falta de leilões de novos blocos de exploração, disputas de royalties entre Estados e a incapacidade das empresas de cumprir determinação do governo de usar bens e serviços locais.


A escassez de mão-de-obra qualificada também significa que o Brasil precisa de trabalhadores estrangeiros especializados para a indústria.

A decisão de pedir 20 bilhões de dólares em danos civis da Chevron e Transocean e acusações criminais contra 17 funcionários das duas companhias trouxe medo à comunidade de trabalhadores petroleiros estrangeiros no início deste ano. As acusações contra as duas empresas poderia levar a penas de prisão de até 31 anos.

Trabalhadores temem que seus passaportes sejam apreendidos, a exemplo do que ocorreu com os 17 empregados da Chevron e da Transocean, forçando-os a permanecer no país, talvez durante anos, presos ao sistema de Justiça do Brasil notoriamente lento.

Em meio aos "excessivos" processos legais, De Luca disse que as preocupações dos trabalhadores são compreensíveis, mas podem ser exageradas.

Embora muitos dos trabalhadores preocupados sejam técnicos altamente sofisticados, acrescentou, eles podem não entender completamente como o Brasil funciona.

Alguns deles "não são culturalmente sofisticados", De Luca disse à plateia em conferência na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro.


Em um ponto, alguns operadores de sonda de perfuração de petróleo chegaram a considerar não trazer mais quaisquer sondas para o Brasil, disse ele, mas os empregadores e as suas tripulações, em grande parte estrangeiros, estão agora menos preocupados em trabalhar no Brasil.

"Eu acho que as coisas estão se acomodando e voltando ao normal", disse De Luca.

De Luca não disse quais companhias de petróleo tiveram dificuldades de contratação dos trabalhadores.

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Rio de Janeiro - As companhias de petróleo estão tendo problemas para contratação de trabalhadores estrangeiros, mão-de-obra crucial para a indústria do Brasil em plena expansão, por causa de casos criminais e civis contra funcionários da Chevron e da Transocean, disse o presidente de uma associação da indústria nesta segunda-feira.

Alguns trabalhadores necessários para operar equipamentos de alta tecnologia e sondas de perfuração de petróleo querem garantias de uma saída rápida do Brasil em caso de derrame de óleo no mar, disse João Carlos De Luca, presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo, em um evento no Rio de Janeiro sobre os riscos de investimento do país.

"Algumas empresas tiveram de fazer alterações em contratos de trabalho, oferecendo helicópteros e bilhetes de avião abertos para os seus trabalhadores poderem sair do país imediatamente se houver um acidente", disse De Luca.

"Com a ausência de leilões de concessões e as repercussões do vazamento de Frade, foi um ano muito ruim para o negócio de petróleo no Brasil." As ações criminais e civis da Chevron e Transocean em função do derramamento de óleo em novembro de 2011 no campo de Frade são um dos mais recentes problemas para a indústria de petróleo.

O setor também enfrenta mudanças na lei, a falta de leilões de novos blocos de exploração, disputas de royalties entre Estados e a incapacidade das empresas de cumprir determinação do governo de usar bens e serviços locais.


A escassez de mão-de-obra qualificada também significa que o Brasil precisa de trabalhadores estrangeiros especializados para a indústria.

A decisão de pedir 20 bilhões de dólares em danos civis da Chevron e Transocean e acusações criminais contra 17 funcionários das duas companhias trouxe medo à comunidade de trabalhadores petroleiros estrangeiros no início deste ano. As acusações contra as duas empresas poderia levar a penas de prisão de até 31 anos.

Trabalhadores temem que seus passaportes sejam apreendidos, a exemplo do que ocorreu com os 17 empregados da Chevron e da Transocean, forçando-os a permanecer no país, talvez durante anos, presos ao sistema de Justiça do Brasil notoriamente lento.

Em meio aos "excessivos" processos legais, De Luca disse que as preocupações dos trabalhadores são compreensíveis, mas podem ser exageradas.

Embora muitos dos trabalhadores preocupados sejam técnicos altamente sofisticados, acrescentou, eles podem não entender completamente como o Brasil funciona.

Alguns deles "não são culturalmente sofisticados", De Luca disse à plateia em conferência na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro.


Em um ponto, alguns operadores de sonda de perfuração de petróleo chegaram a considerar não trazer mais quaisquer sondas para o Brasil, disse ele, mas os empregadores e as suas tripulações, em grande parte estrangeiros, estão agora menos preocupados em trabalhar no Brasil.

"Eu acho que as coisas estão se acomodando e voltando ao normal", disse De Luca.

De Luca não disse quais companhias de petróleo tiveram dificuldades de contratação dos trabalhadores.

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