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Carros elétricos da Tesla ameaçam mercado de platina

Os planos de Elon Musk para o setor automotivo prometem revolucionar também um outro mercado -- o da platina

Tesla: com a adoção dos elétricos pelos consumidores, cai a demanda pelo metal -- essencial para a separação das emissões tóxicas nos canos de escapamento (Divulgação/Tesla)
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Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2016 às 16h37.

Os planos de Elon Musk para o setor automotivo prometem revolucionar também um outro mercado -- o da platina.

Mas não se trata apenas de Musk. Praticamente todas as fabricantes de veículos estão correndo para lançar carros elétricos e acabar com o uso de gasolina e diesel .

Com a adoção dos elétricos pelos consumidores, cai a demanda pelo metal -- essencial para a separação das emissões tóxicas nos canos de escapamento.

O diesel já enfrenta problemas devido ao escândalo das emissões da Volkswagen e, assim, o futuro parece cada vez mais sombrio. Até mesmo a Arábia Saudita está se preparando para uma era pós-petróleo.

“Trata-se de um risco de longo prazo para a platina. Os veículos movidos a baterias elétricas não precisam da platina”, disse Marc Elliott, analista da Investec, por e-mail, de Londres, na quarta-feira. Embora preveja uma transição de uma década por meio dos veículos híbridos, que podem usar platina, ele diz que os carros elétricos provavelmente assumirão o controle. No ano passado, quase uma em cada duas onças de platina usadas mundialmente foi vendida ao setor automotivo e o material vem principalmente de minas da África do Sul e da Rússia.

Os governos estão oferecendo subsídios para que os motoristas efetuem a troca e as fabricantes de veículos estão lançando modelos que custam menos e percorrem distâncias maiores do que nunca.

Os clientes literalmente fizeram fila para apresentar pedidos, em março, quando Musk lançou o Model 3 (US$ 35.000) e neste ano a Chevrolet venderá o Bolt (US$ 37.500), um carro elétrico capaz de percorrer 320 quilômetros por recarga. A Alemanha, maior mercado automotivo da Europa, anunciou no mês passado 1,2 bilhão de euros (US$ 1,4 bilhão) em incentivos, sendo que um quarto desse montante foi destinado a uma rede nacional de recarga de alta velocidade. Os consumidores americanos contam com um crédito tributário de US$ 7.500 do governo.

“Já não se resume à Tesla”, disse Andrew Miller, analista da Benchmark Mineral Intelligence em Londres. “Há toda uma expansão da fabricação de baterias ocorrendo na China, na Coreia e no Japão”. Os veículos híbridos e totalmente elétricos poderão responder por cerca de 5 por cento do mercado automotivo até 2020, explicou.

Mas o desaparecimento do setor não é iminente, nem certo. As produtoras e as fabricantes de veículos estão pesquisando alternativas para as células de combustível que consomem platina, que poderão desafiar a supremacia dos atuais carros elétricos. O metal poderá continuar fazendo parte da matriz energética depois de 2050, sendo utilizado nas tecnologias híbridas, segundo a Agência Internacional de Energia.

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Os planos de Elon Musk para o setor automotivo prometem revolucionar também um outro mercado -- o da platina.

Mas não se trata apenas de Musk. Praticamente todas as fabricantes de veículos estão correndo para lançar carros elétricos e acabar com o uso de gasolina e diesel .

Com a adoção dos elétricos pelos consumidores, cai a demanda pelo metal -- essencial para a separação das emissões tóxicas nos canos de escapamento.

O diesel já enfrenta problemas devido ao escândalo das emissões da Volkswagen e, assim, o futuro parece cada vez mais sombrio. Até mesmo a Arábia Saudita está se preparando para uma era pós-petróleo.

“Trata-se de um risco de longo prazo para a platina. Os veículos movidos a baterias elétricas não precisam da platina”, disse Marc Elliott, analista da Investec, por e-mail, de Londres, na quarta-feira. Embora preveja uma transição de uma década por meio dos veículos híbridos, que podem usar platina, ele diz que os carros elétricos provavelmente assumirão o controle. No ano passado, quase uma em cada duas onças de platina usadas mundialmente foi vendida ao setor automotivo e o material vem principalmente de minas da África do Sul e da Rússia.

Os governos estão oferecendo subsídios para que os motoristas efetuem a troca e as fabricantes de veículos estão lançando modelos que custam menos e percorrem distâncias maiores do que nunca.

Os clientes literalmente fizeram fila para apresentar pedidos, em março, quando Musk lançou o Model 3 (US$ 35.000) e neste ano a Chevrolet venderá o Bolt (US$ 37.500), um carro elétrico capaz de percorrer 320 quilômetros por recarga. A Alemanha, maior mercado automotivo da Europa, anunciou no mês passado 1,2 bilhão de euros (US$ 1,4 bilhão) em incentivos, sendo que um quarto desse montante foi destinado a uma rede nacional de recarga de alta velocidade. Os consumidores americanos contam com um crédito tributário de US$ 7.500 do governo.

“Já não se resume à Tesla”, disse Andrew Miller, analista da Benchmark Mineral Intelligence em Londres. “Há toda uma expansão da fabricação de baterias ocorrendo na China, na Coreia e no Japão”. Os veículos híbridos e totalmente elétricos poderão responder por cerca de 5 por cento do mercado automotivo até 2020, explicou.

Mas o desaparecimento do setor não é iminente, nem certo. As produtoras e as fabricantes de veículos estão pesquisando alternativas para as células de combustível que consomem platina, que poderão desafiar a supremacia dos atuais carros elétricos. O metal poderá continuar fazendo parte da matriz energética depois de 2050, sendo utilizado nas tecnologias híbridas, segundo a Agência Internacional de Energia.

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