Montesson (França) - Os compradores de uma das maiores lojas do Carrefour no subúrbio de Montesson, a oeste da capital francesa, vêm adquirindo kits emblemáticos do time de futebol local, o Paris Saint-Germain, juntamente com as compras da semana. O gerente da loja, Marc Helm, espera que a ação, com outras iniciativas, como o preparo de salmão e sushi dentro da loja, possam encorajar os consumidores a gastar mais.

A chegada dos kits do time popular de futebol em somente uma das lojas da segunda maior varejista do mundo, atrás da Walmart, ilustra os esforços da empresa para dar mais autonomia às suas lojas na tentativa de impulsionar as vendas fracas na França. "Agora, com a descentralização, os gerentes podem ficar mais envolvidos", disse Helm.

Mais cedo, o Carrefour informou que seu lucro triplicou em 2012, para 1,233 bilhão de euros, ante 371 milhões de euros em 2011. O resultado foi motivado pelas vendas nos mercados emergentes.

O executivo-chefe do Carrefour, George Plassat, disse que a empresa está entrando em uma nova fase e que buscará expandir as atividades na América Latina e na Ásia. Mas a Europa, que representa cerca de 70% das vendas do Carrefour, é fundamental para qualquer avanço da empresa. O lucro operacional da companhia caiu, após um recuo de 21% na Europa, à medida que as vendas diminuíram na Espanha e na Itália. Há sinais, porém, de que o trabalho que Plassat vem fazendo começa a dar resultados, uma vez que o lucro operacional na França cresceu 3,5%.

Os investidores parecem achar que uma reviravolta está ocorrendo no Carrefour, com as ações subindo cerca de 50% desde a primeira apresentação de Plassat como presidente da empresa, em junho do ano passado. "O aspecto mais positivos dos resultados de hoje foi a performance sólida na França", disse Arnaud Joly, analista da Cheuvreux.

Às 16h38 (horário de Brasília), as ações do Carrefour subiam 2,88% na França. As informações são da Dow Jones.