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Buzzmonitor adquire startup e investirá R$ 10 mi para digitalizar negociação de influenciadores

A empresa compra a startup recifense Prepi para acelerar uma vertical de negócio de intermediação na contratatação de influencers

Alessandro Lima e Jairson Vitorino, da Elifegroup: esse é um mercado que ainda vai crescer muito (Buzzmonitor/Divulgação)

Alessandro Lima e Jairson Vitorino, da Elifegroup: esse é um mercado que ainda vai crescer muito (Buzzmonitor/Divulgação)

Marcos Bonfim
Marcos Bonfim

Repórter de Negócios

Publicado em 24 de maio de 2024 às 07h57.

Última atualização em 24 de maio de 2024 às 10h27.

Conhecida por acompanhar as conversas que estão circulando pelas redes sociais a partir de uma plataforma de gestão, a Buzzmonitor colocou no pipeline uma nova divisão de negócios, a BuzzCreators. A ideia é automatizar as negociações para a contratação de nano e microinfluenciadores em campanhas publicitárias, um processo ainda muito manual e ‘feito na unha’.

Em fase de construção, o modelo está ganhando uma contribuição extra. A empresa adquiriu a startup recifense Prepi, uma iniciativa para trazer os fundadores para a nova vertical, no modelo de acqui-hiring. A Buzzmonitor concentra a sua atuação no mercado de empresas de médio porte e fechou 2023 com faturamento de R$ 34,6 milhões.

O valor da compra não foi revelado, mas a transação inclui a entrada dos seis sócios da Prepi no captable do Buzzmonitor, a partir do atingimento de algumas metas. A operação da Prepi continuará ativa por ora.  

Criada no Recife, a startup chegou ao mercado em 2019 com a proposta de ajudar pessoas físicas e pequenos influenciadores na montagem de lojas virtuais em alguns minutos e na conexão com as redes sociais para impulsionar os negócios. No último ano, a plataforma teve uma receita recorrente de R$ 1,2 milhão, com tíquete médio em torno de R$ 30 por mês e mais 60 mil lojas ativas.

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Como foi a negociação

Ao longo desses cinco anos, a Prepi recebeu dois aportes que totalizam R$ 2,1 milhões pelas mãos da Elife Participações, veículo de investimento criado pelos fundadores da Elifegroup, os também pernambucanos Alessandro Lima e Jairson Vitorino. A movimentação garantiu à gestora mais de 20% no negócio, participação ampliada agora para 100% com o novo acordo.

A holding controla a Buzzmonitor e ainda Elife, de social Analytics e CRM, e a agência de publicidade SA365 - ambas empresas com operações também em Portugal. No ano passado, a soma de todas as frentes do negócio ficou em torno de R$ 125 milhões.

“Em conjunto com os fundadores, nós estávamos fazendo um trabalho de venda muito digital, com bastante esforço de marketing digital, mas o tíquete médio é muito baixo. Decidimos que não queríamos ficar focando nisso. Para comparação, na Buzzmonitor o nosso tíquete médio é de R$ 4 mil mensais”, afirma Alessandro Lima, fundador e CEO da Elifegroup. 

De acordo com o executivo, a dificuldade de escalar o negócio de um lado e a visão de oportunidades do outro levaram à decisão de compra para trazer os sócios da startup para o mercado de influenciadores. 

Como vai funcionar a nova vertical

“Eu acho que é um mercado que ainda vai crescer muito e que existe muito trabalho manual”, diz o executivo. “Nas nossas próprias empresas, nós sentimos como essa negociação é muito complexa e ainda leva muito tempo. Além disso, existe este perfil do influenciador nano e micro que não é trabalhado”.

A premissa para a nova divisão em que pretende desembolsar mais de R$ 10 milhões nos próximos 5 anos é o contínuo crescimento do mercado. Entre 2017 e 2023, o investimento em marketing de influência avançou 75%, de acordo com estudo da Nielsen e o YouPix. 

A expectativa é de que o Creators entre em circulação nos próximos 5 meses. A ideia é que a plataforma funcione como um mecanismo de intermediação, em que as marcas sobem e descrevem os projetos, colocam os valores oferecidos e os influenciadores interagem com  as propostas.

Atualmente, o serviço da Buzzmonitor contempla alguns módulos, como atendimento, identificação de influenciadores, análise de dados e agendamento de posts. 

Para o uso da função Creators, o cliente não precisará adquirir os outros serviços. Na proposta inicial, os sócios preveem a cobrança de mensalidade e um fee sobre o valor de mídia investido pelas marcas. 

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