Negócios

BTG Pactual irá ajudar Oi a preparar oferta por TIM

O banco BTG Pactual atuará para "desenvolver alternativas para viabilizar proposta para a aquisição da participação da Telecom Italia na TIM Participações"


	Telefonia: a Claro passa por processo de unificação de suas operações com Embratel e Net, todas companhias do grupo mexicano América Móvil
 (Getty Images)

Telefonia: a Claro passa por processo de unificação de suas operações com Embratel e Net, todas companhias do grupo mexicano América Móvil (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de agosto de 2014 às 06h29.

São Paulo - A Oi contratou o BTG Pactual para viabilizar uma oferta pela TIM Participações, num esforço para não ficar à margem na consolidação em curso no setor de telecomunicações no Brasil e um mês antes de um importante leilão de licenças de telefonia móvel de quarta geração (4G).

Em fato relevante no fim da terça-feira, a Oi informou que o banco BTG Pactual atuará como comissário "para, agindo em seu próprio nome e por conta e ordem da Oi, desenvolver alternativas para viabilizar proposta para a aquisição da participação detida indiretamente pela Telecom Italia na TIM Participações".

A Telecom Italia detém 67% da TIM Participações. O valor da fatia, a preços de mercado, é de cerca de 18,4 bilhões de reais.

A iniciativa da Oi acontece enquanto a espanhola Telefónica e a Telecom Italia travam uma batalha para adquirir a operadora brasileira de banda larga GVT, propriedade da francesa Vivendi.

Paralelamente, a Claro passa por processo de unificação de suas operações com Embratel e Net, todas companhias do grupo mexicano América Móvil. A Oi, por estar no meio de um conturbado processo de fusão com a Portugal Telecom, não era vista como provável protagonista na recente rodada de consolidação na indústria de telecomunicações no Brasil.

Entre os grandes grupos de telefonia do país listados em bolsa, a Oi é a que tem saúde financeira mais frágil. A companhia encerrou o segundo trimestre com uma dívida líquida de 46 bilhões de reais, enquanto a da Telefônica Brasil, dona da marca Vivo e controlada pelos espanhóis, era de 2,52 bilhões de reais. A TIM Participações tinha endividamento de 1 bilhão de reais no fim de junho.

No começo de agosto, a Telefónica anunciou proposta de 20,1 bilhões de reais, ou 6,7 bilhões de euros, para comprar a GVT em dinheiro e novas ações da Telefônica Brasil equivalentes a 12 do capital da empresa combinada após a compra da GVT.

Na segunda-feira, quatro fontes disseram à Reuters que a Telecom Italia fará uma oferta de cerca de 7 bilhões de euros pela GVT, que deixará a Vivendi com uma fatia de 15 a 20 por cento no grupo italiano.

Todas as movimentações de consolidação ocorrem ao mesmo tempo em que as operadoras de telefonia se preparam para o leilão da frequência de 700 MHz do 4G, marcado para 30 de setembro.

O preço mínimo total das seis licenças no leilão é de 7,7 bilhões de reais. Além disso, as empresas terão que gastar 3,6 bilhões de reais na limpeza da faixa, atualmente usada pela radiodifusão analógica.

Na semana passada, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, reconheceu em entrevista à Reuters que o processo de consolidação no setor tem influência sobre o leilão de 4G, mas disse que o governo não mudará os prazos. "Isso não é problema nosso", afirmou.

Acompanhe tudo sobre:3Gbancos-de-investimentoBrasil TelecomBTG PactualEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas espanholasEmpresas francesasEmpresas italianasEmpresas portuguesasFusões e AquisiçõesGVTHoldingsOiOperadoras de celularServiçosTelecom ItaliaTelecomunicaçõesTelefoniaTelefônicaTelemarTIMVivendiVivo

Mais de Negócios

Bolsa BEE4 recruta conselheiros de mercado para deslanchar listagem de PMEs brasileiras

"É hora de renascer", diz gaúcho ao reabrir supermercado que foi saqueado durante as enchentes no RS

Crescimento do setor mineral vem ancorado por investimentos em inovação e sustentabilidade

Nem Airbnb, nem hotel. Com R$ 2 bi sob gestão, proptech Charlie mira empresas e estadias maiores

Mais na Exame