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Brasileira está no banco dos réus por corrupção na Volkswagen

Adriana Barros, então amante do antigo presidente do comitê da empresa, Klaus Volkert, é acusada de cumplicidade em desfalque em 26 casos

A acusada apresentou um recurso à condenação a um ano de liberdade condicional vigiada, que recebeu em julho de 2008 (Germano Lüders/EXAME.com)

A acusada apresentou um recurso à condenação a um ano de liberdade condicional vigiada, que recebeu em julho de 2008 (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 28 de junho de 2012 às 20h26.

Frankfurt - Um novo processo judicial relacionado com o escândalo de corrupção da Volkswagen começou nesta terça-feira, sete anos depois da divulgação de denúncias sobre subornos, viagens de luxo e serviços de prostitutas pagos com fundos da empresa automobilística.

Estará sentada no banco dos réus de Wolfsburg a brasileira Adriana Barros, então amante do antigo presidente do comitê da empresa, Klaus Volkert, acusada de cumplicidade em desfalque em 26 casos.

Adriana, agora com 47 anos, supostamente cobrou 250 mil euros da Volks sem ter apresentado à companhia nenhuma prestação, segundo a acusação atual.

Além disso, a brasileira passou a Volkswagen custos de voos, estadias em hotéis e cursos de idiomas no valor de 100 mil euros.

A acusada apresentou um recurso à condenação a um ano de liberdade condicional vigiada, que recebeu em julho de 2008.

O início do novo processo foi retardado pelos problemas na entrega da documentação necessária que estava no Brasil, segundo disse um porta-voz do juizado de Wolfsburg, cidade na qual se encontra a sede da Volkswagen.

No final de fevereiro de 2008, a justiça alemã condenou Volkert à prisão e o antigo diretor de pessoal, Klaus-Joachim Gebauer, a um ano de liberdade condicional no terceiro processo por corrupção na companhia.

Volkert cobrou bonificações extraordinárias de quase 2 milhões de euros do antigo diretor de pessoal, Peter Hartz, que foi condenado a dois anos de liberdade condicional e a pagar uma multa de 576 mil euros por 44 casos de desfalque.

Hartz, acusado de favorecer membros do comitê de empresa no escândalo de corrupção, reconheceu ter pagado elevadas somas de dinheiro a Volkert e a Adriana entre 1994 e 2005 e considerou que 'comprou' o sindicalista.

Gebauer foi quem organizou as viagens de luxo, festas com prostitutas e presentes à custa da Volks, depois que Hartz lhe pediu que tratasse 'generosamente' à cúpula do comitê da empresa. 

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