Brasil é hoje o melhor lugar para uma cervejaria atuar, diz AmBev
Vendas no país representam 70% de todo volume vendido pela AmBev no mundo
Tatiana Vaz
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.
São Paulo - As vendas de cerveja e refrigerante no mercado nacional representam hoje 70% de todo volume vendido pela AmBev no mundo. A afirmação foi dada hoje (11/08) pelo vice-presidente financeiro e de relações com investidores da companhia, Nelson Jamel, durante a teleconferência de resultados do segundo trimestre.
Os outros 30% são divididos entre outros países, com destaque para Argentina, Canadá e Bolívia, disse o executivo. Esses resultados explicam porque o Brasil receberá 2 bilhões de reais dos 2,4 bilhões que serão investidos mundialmente pela empresa este ano.
"Muitos fatores contribuem para esses resultados, como a melhora do poder aquisitivo dos brasileiros e o crescimento econômico do país", afirmou Jamel. "A indústria de bebidas por aqui cresce 10% ao ano, nível superior a maioria dos outros países".
Segundo o vice-presidente, o Brasil é hoje o terceiro maior mercado de cervejas do mundo, atrás apenas da China e Estados Unidos, respectivamente. "É importante ressaltar que a indústria na China é menor e, nos Estados Unidos, o mercado é maior, mas está estável", disse o executivo. "Para a indústria cervejeira não há melhor lugar do mundo para estar do que no Brasil".
R$ 1,2 bilhão para o NO e NE
Dos 2 bilhões de reais que serão investidos no país este ano, 1,2 bilhão será aportado nesse segundo semestre. Os recursos já tem destino certo: ampliação ou construção de novas fábricas no Norte e Nordeste do país.
"O crescimento nessa regiões ainda é mais forte, acima da média de 10% e, como nossa capacidade instalada está mais no Sudeste, os focos estão nesses lugares", disse Jamel. Outra justificativa é que a taxa de consumo por habitantes no Norte e Nordeste do país é de 40 litros de bebida, enquanto a média nacional, de 60 litros por pessoa.
Durante o segundo trimestre deste ano, a AmBev registrou lucro líquido consolidado de 1,510 bilhão no segundo trimestre de 2010, volume 9,8% maior na comparação com o mesmo período de 2009.
Já o ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) teve alta de 1,7%, para 2,408 bilhões de reais. A margem foi de 42,4%, o equivalente a 1,9 ponto porcentual abaixo dos 44,3% do segundo trimestre de 2009.
A receita líquida da companhia somou 5,678 bilhões de reais, alta de 6,2% sobre os 5,348 bilhões de reais dos meses de abril a junho do ano passado. Em volume, o crescimento foi de 8,3%, passando de 34,076 milhões de hectolitros para 36,896 milhões de hectolitros.