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Bolsa de NY cai forte com plano de Obama para bancos

Por Regina Cardeal Nova York - As ações em Nova York acentuaram a queda quando o presidente Barack Obama, dos EUA, detalhou os planos de impor novas restrições sobre os bancos. Às 15h50 (de Brasília), o índice Dow Jones cedia 221 pontos, ou 2,09%, para 10.381 pontos. Todos os componentes do Dow Jones estão no […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 04h43.

Por Regina Cardeal

Nova York - As ações em Nova York acentuaram a queda quando o presidente Barack Obama, dos EUA, detalhou os planos de impor novas restrições sobre os bancos. Às 15h50 (de Brasília), o índice Dow Jones cedia 221 pontos, ou 2,09%, para 10.381 pontos. Todos os componentes do Dow Jones estão no vermelho, com os integrantes financeiros JPMorgan e Bank of America (BofA) liderando a queda com -6,15% e -7,16%, respectivamente.

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O índice Standard & Poor´s 500 caía 1,9%, pressionado pelos setores financeiro e de matérias-primas. O Nasdaq recuava 1,2%.

Ameaçando fechar nos níveis mais baixos do ano, as ações cederam ao anúncio de que Obama propôs novos limites ao tamanho e ao risco assumido pelos maiores bancos do país. Obama endossou o que ele chamou de "Norma Volcker", referindo-se às medidas defendidas pelo ex-presidente do Fed Paul Volcker, que prevê restrições nas transações de tesouraria feita pelo bancos comerciais, essencialmente limitando a forma como os bancos apostam com capital próprio.

"É uma separação entre o banco de investimento e o banco tradicional", disse John O´Donoghue, gestor de ações da corretora Cowen & Co. O´Donoghue disse que muitas firmas conseguiam lucros antes que o Congresso, em 1999, revogasse a legislação da era da Depressão conhecida como Glass Steagall Act, que essencialmente impunha uma separação entre bancos comerciais e bancos de investimento. Para o gestor, o discurso de Obama é uma tentativa de recuperar popularidade depois que os democratas perderam uma cadeira do Senado para os republicanos na eleição de Massachusetts na terça-feira.

As ações financeiras despencaram depois do discurso. Morgan Stanley cedia 4,7%, Goldman Sachs perdia 4,3% e Citigroup recuava 4,1%.

"Os investidores estão vendendo estas ações agora porque achavam que ganhariam um almoço grátis", disse Joseph Battipaglia, estrategista-chefe do grupo de clientes private Stifel Nicolaus. "Os investidores tinham a falsa expectativa de que o governo iria socorrer (os bancos) e tudo voltaria ao normal. Agora estamos vendo a força total da medida do governo, buscando regular as operações bancárias como consequência do colapso financeiro."

O mercado também caiu abaixo de suportes técnicos importantes, o que acelerou o declínio. John Schlitz, da Instinet, destacou que a queda se acentuou depois que o S&P 500 bateu em 1.131 pontos. Há pouco, o índice estava em 1.117 pontos.

Os investidores também estão nervosos com os movimentos do dólar. Os dados mostrando crescimento da economia da China e informes de novos apertos no crédito no país deixaram o mercado mais cauteloso. "Isto sugere um ambiente global que se torna um pouco mais avesso ao risco", disse Craig Peckham, estrategista de ações da Jefferies. As informações são da Dow Jones.

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