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Boeing anuncia venda de 200 aviões 737 MAX para a United Airlines

A nova compra prepara a frota da United Airlines para atender a aceleração da demanda por viagens, informou a Boeing

United Airlines (Chris Helgren/Reuters)

United Airlines (Chris Helgren/Reuters)

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AFP

Publicado em 29 de junho de 2021 às 10h31.

Última atualização em 29 de junho de 2021 às 10h33.

A Boeing anunciou nesta terça-feira, 29, a venda de 200 aviões 737 MAX para a United Airlines. Serão 150 aeronaves do maior modelo da família, o 737-10, e o restante do modelo 737-8, que atende ao mercado de corredor único.

A nova compra prepara a frota da United para atender o crescimento e aceleração da demanda por viagens aéreas, informou a fabricante.

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O pedido da companhia americana representa uma compra de 35,38 bilhões de dólares no preço de catálogo das aeronaves, mas, geralmente, as empresas pagam menos do que o valor teórico.

Os executivos da United descreveram o pedido - o maior da história da empresa - como um marco que simboliza os avanços na perspectiva do transporte aéreo com a distribuição de vacinas anticovid.

Apesar do otimismo, a United Airlines e outras companhias aéreas se encaminham novamente para resultados negativos no segundo trimestre, reflexo da continuidade da crise no setor de viagens.

"O volume de viagens de negócios da United permanece em queda de 60% e a redução nos voos internacionais é ainda mais expressiva", afirmou o diretor-executivo da empresa, Scott Kirby.

"Não estamos 100% de volta", disse Kirby em uma teleconferência com jornalistas.

"Traçar a trajetória da crise em março e abril do ano passado nos permitiu estar preparados e tomar os caminhos corretos de curto e longo prazo", acrescentou.

Os representantes da United não foram questionados sobre a variante Delta do coronavírus, que está se propagando em várias partes do mundo, mas o anúncio ilustra a grande confiança nas perspectivas do setor, mesmo se persistir a pandemia.

Aposta nos voos domésticos

A grande fatia da compra será de 150 exemplares do Boeing 737 MAX 10, que continua sendo objeto de testes em um processo seguido de perto pelas autoridades americanas.

O anúncio é um sucesso para o avião da Boeing, que foi obrigado a permanecer em terra por 20 meses após dois acidentes fatais.

O restante do pedido inclui 50 unidades do Boeing 737 MAX 8 e 70 Airbus 70 A321neo, o grande sucesso de vendas da fabricante europeia no segmento de aviões de apenas um corredor com mais de 200 assentos.

Com este pedido, a empresa americana aumenta a lista de aquisições a mais de 500 aeronaves: 40 serão entregues em 2022, 138 em 2023 e mais de 350 em 2024 e nos anos seguintes.

Os três modelos são aeronaves estreitas, o que as tornam adequadas para viagens domésticas e de curta distância, setor que foi um dos primeiros a retomar a recuperação na pandemia de covid.

"Estamos realmente honrados com a confiança da United Airlines na Boeing e nos aviões que projetamos e construímos todos os dias", declarou o presidente e diretor-executivo da Boeing Commercial Airplanes, Stan Deal.

"Um pedido tão importante de uma grande companhia como a United destaca que o A321neo oferece capacidades inigualáveis, eficiência operacional e facilidade de uso para o passageiro", afirmou o diretor comercial da Airbus, Christian Scherer.

Tanto o modelo da Airbus como os novos 737 MAX são versões maiores do mesmo avião, o que permitiria aumentar a capacidade em Nova York, San Francisco e outros mercados onde ampliar o número de voos é difícil, ou impossível, informaram fontes da United.

A recuperação dos voos de negócios "deve acelerar no outono (hemisfério norte, primavera no Brasil), com o retorno das crianças à escola", afirmou Kirby.

Os voos internacionais permanecem em queda, mas, em 2022, "podemos ver recordes de voos transatlânticos", prevê.

 

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