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BM&FBovespa e Cetip devem entregar resultados mistos

O trimestre foi o segundo seguido em que o controle de gastos não definiu os lucros da BM&FBovespa

Cetip: lucro líquido na Cetip deve mostrar crescimento de 26,7 por cento, para 98 milhões de reais, comparado com o mesmo período do ano anterior (Reprodução)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de fevereiro de 2014 às 07h33.

São Paulo - A BM&FBovespa e a Cetip tiveram resultados mistos no quarto trimestre, com volumes mais fracos e maiores despesas pesando nos números da primeira e uma ligeira melhora no crédito ajudando a outra, segundo pesquisa Reuters com analistas.

O trimestre foi o segundo seguido em que o controle de gastos não definiu os lucros da BM&FBovespa, na avaliação de analistas ouvidos na pesquisa. Os volumes de negócios em seus mercados, como ações e derivativos, sofreram com a volatilidade do mercado.

No caso da Cetip, maior central depositária de títulos e câmara de compensação do país, os volumes foram ajudados por uma ligeira recuperação em desembolsos de empréstimos para compra de veículos. As taxas de juros mais altas no trimestre permitiram aumento na linha de receita financeira.

"Enquanto os dados de volumes de negociação da BM&FBovespa foram fracos no quarto trimestre, esperamos que a Cetip apresente números um pouco melhores", escreveu Flavio Yoshida, analista da Votorantim Corretora, em nota a clientes.

A BM&FBovespa divulga seus resultados na quinta-feira, após o fechamento dos mercados. A Cetip planeja apresentar seus resultados em 20 de março.

A dinâmica do mercado adversa para BM&FBovespa no trimestre está estendendo-se para este ano, disse Carlos Macedo, analista do Goldman Sachs.

A estimativa média de sete analistas aponta alta anual de 4,3 por cento no lucro de quarto trimestre da BM&FBovespa, para 227 milhões de reais. Na comparação com o terceiro trimestre, porém, o lucro provavelmente mostrará queda de 19,6 por cento.


A receita líquida deve mostrar queda nas comparações trimestral e anual, a 477 milhões de reais. As receitas dos segmentos BM&F e Bovespa recuaram 12 e 5,5 por cento, respectivamente, na comparação com o trimestre imediatamente anterior, segundo a pesquisa.

As despesas com vendas, gerais e administrativas devem mostrar salto para 226 milhões de reais, bem acima da média dos últimos trimestres, mas ainda dentro da previsão da empresa. Os salários patrocinaram um salto de 16,5 por cento nos gastos do quarto trimestre, disse Alexandre Spada, analista do Itaú BBA.

A BM&FBovespa provavelmente vai pagar volume maior de impostos após a CME Group, maior operadora de bolsa do mundo com a qual tem participação acionária recíproca, pagar um dividendo extraordinário no trimestre.

O lucro líquido na Cetip deve mostrar crescimento de 26,7 por cento, para 98 milhões de reais, comparado com o mesmo período do ano anterior.

Os ativos da Cetip em custódia aumentaram, refletindo o alongamento dos prazos de vencimento no mercado de títulos de renda fixa. Os analistas preveem aumento na comparação trimestral de 4 por cento na receita líquida, a 239 milhões de reais, com melhores preços dos contratos de custódia e de registro de títulos.

Na unidade de registro de financiamentos automotivos, a receita deve ter crescido 1,2 por cento, segundo a pesquisa, com bancos intensificando o financiamento de veículos pela primeira vez em quase um ano. As despesas com vendas da Cetip provavelmente caíram 8,8 por cento no trimestre, de acordo com a pesquisa. O lucro antes de juros, impostos, depreciação, amortização e depreciação (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado, provavelmente subiu 0,3 por cento, para 167 milhões de reais, segundo a pesquisa.

São Paulo - A BM&FBovespa e a Cetip tiveram resultados mistos no quarto trimestre, com volumes mais fracos e maiores despesas pesando nos números da primeira e uma ligeira melhora no crédito ajudando a outra, segundo pesquisa Reuters com analistas.

O trimestre foi o segundo seguido em que o controle de gastos não definiu os lucros da BM&FBovespa, na avaliação de analistas ouvidos na pesquisa. Os volumes de negócios em seus mercados, como ações e derivativos, sofreram com a volatilidade do mercado.

No caso da Cetip, maior central depositária de títulos e câmara de compensação do país, os volumes foram ajudados por uma ligeira recuperação em desembolsos de empréstimos para compra de veículos. As taxas de juros mais altas no trimestre permitiram aumento na linha de receita financeira.

"Enquanto os dados de volumes de negociação da BM&FBovespa foram fracos no quarto trimestre, esperamos que a Cetip apresente números um pouco melhores", escreveu Flavio Yoshida, analista da Votorantim Corretora, em nota a clientes.

A BM&FBovespa divulga seus resultados na quinta-feira, após o fechamento dos mercados. A Cetip planeja apresentar seus resultados em 20 de março.

A dinâmica do mercado adversa para BM&FBovespa no trimestre está estendendo-se para este ano, disse Carlos Macedo, analista do Goldman Sachs.

A estimativa média de sete analistas aponta alta anual de 4,3 por cento no lucro de quarto trimestre da BM&FBovespa, para 227 milhões de reais. Na comparação com o terceiro trimestre, porém, o lucro provavelmente mostrará queda de 19,6 por cento.


A receita líquida deve mostrar queda nas comparações trimestral e anual, a 477 milhões de reais. As receitas dos segmentos BM&F e Bovespa recuaram 12 e 5,5 por cento, respectivamente, na comparação com o trimestre imediatamente anterior, segundo a pesquisa.

As despesas com vendas, gerais e administrativas devem mostrar salto para 226 milhões de reais, bem acima da média dos últimos trimestres, mas ainda dentro da previsão da empresa. Os salários patrocinaram um salto de 16,5 por cento nos gastos do quarto trimestre, disse Alexandre Spada, analista do Itaú BBA.

A BM&FBovespa provavelmente vai pagar volume maior de impostos após a CME Group, maior operadora de bolsa do mundo com a qual tem participação acionária recíproca, pagar um dividendo extraordinário no trimestre.

O lucro líquido na Cetip deve mostrar crescimento de 26,7 por cento, para 98 milhões de reais, comparado com o mesmo período do ano anterior.

Os ativos da Cetip em custódia aumentaram, refletindo o alongamento dos prazos de vencimento no mercado de títulos de renda fixa. Os analistas preveem aumento na comparação trimestral de 4 por cento na receita líquida, a 239 milhões de reais, com melhores preços dos contratos de custódia e de registro de títulos.

Na unidade de registro de financiamentos automotivos, a receita deve ter crescido 1,2 por cento, segundo a pesquisa, com bancos intensificando o financiamento de veículos pela primeira vez em quase um ano. As despesas com vendas da Cetip provavelmente caíram 8,8 por cento no trimestre, de acordo com a pesquisa. O lucro antes de juros, impostos, depreciação, amortização e depreciação (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado, provavelmente subiu 0,3 por cento, para 167 milhões de reais, segundo a pesquisa.

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