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BHG tem Santos e Anápolis em expansão para 40 cidades

A empresa, cujo foco é o turismo de negócios, fez aquisições de R$ 330 milhões em 2011. Agora ela quer aproveitar o agronegócio, o petróleo e a criação de indústrias

BHG busca aquisições em Santos, no litoral paulista, e em Anápolis, Goiás (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de março de 2012 às 11h10.

São Paulo - A BHG SA - Brazil Hospitality Group, braço hoteleiro da GP Investments Ltd., busca aquisições em Santos, no litoral paulista, e em Anápolis, Goiás. O objetivo é aproveitar a expansão do agronegócio, da produção de petróleo e a criação de polos industriais, disse o presidente da BHG, Pieter Vader.

“A gente está olhando, até agora ainda não acertou, mas, com certeza, vai aparecer a oportunidade”, disse Vader, 58 anos, em entrevista no escritório da Bloomberg em São Paulo no dia 28 de março.

A empresa, cujo foco é o turismo de negócios, fez aquisições no valor de R$ 330 milhões em 2011, segundo Vader, que não abre quanto pretende investir em operações similares este ano. Para fazer “grandes aquisições” neste ano, seria necessário emitir dívida, se associar a outros investidores, fazer incorporações com ações ou emiti-las, disse ele.

A BHG tem como meta chegar a 12.000 quartos até 2014, por meio de aquisições e parcerias com construtoras para levantar novos hotéis, segundo o executivo. Atualmente, 10.800 já estão contratados, sendo que 8.500 já estão em funcionamento, segundo Pieter Vader.

As ações da BHG acumulam alta de 41 por cento no ano, enquanto o Ibovespa sobe 14 por cento. No ano passado, os papéis caíram 23 por cento, enquanto o principal indicador da bolsa brasileira perdeu 18 por cento. De cinco analistas de bancos, corretoras e consultorias que acompanham a empresa, quatro têm recomendação de compra ou equivalente, e apenas uma tem avaliação neutra, segundo dados compilados pela Bloomberg.

Rio Palace

A BHG tem exclusividade das marcas de hotéis Golden Tulip, Royal Tulip e Tulip Inn na América do Sul, rede que inclui o antigo Hotel Intercontinental, hoje Royal Tulip Rio de Janeiro, no bairro de São Conrado, adquirido pela BHG no fim de 2010. Em agosto, anunciou a compra do Hotel Rio Palace, em Copacabana, e trava na Justiça uma disputa pelo prédio com a Accor SA, que aluga com a marca Sofitel o imóvel da Veplan Hotéis e Turismo SA, em recuperação judicial.

A rede francesa alega ter direito de preferência na aquisição, por já ser inquilina do imóvel desde 1996, com um contrato de 25 anos, disse Marcelo Carpenter, sócio do Escritório de Advocacia Sergio Bermudes, que representa a Accor, em entrevista por telefone do Rio de Janeiro ontem. Em dezembro, a Accor obteve vitória em primeira instância, decisão da qual a BHG teria recorrido e agora aguarda novo julgamento pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Tanto Accor quanto BHG dizem ter depositado judicialmente o valor da venda, de R$ 184 milhões. Procurado, o dono da Veplan, José Carlos Mello Ourivio, não quis comentar o assunto.


A BHG é fruto de uma aquisição, da Cia. Brasileira de Desenvolvimento Imobiliário Turístico, a Invest Tur, pela Latin America Hotels LLC, da GP, em 2009, que deu origem à empresa, que passou a ser dona do Txai Resort, em Itacaré, na Bahia. Dos 16 terrenos herdados da Invest Tur, avaliados em cerca de R$ 150 milhões, 12 ainda não têm destino certo, disse Pieter Vader.

Copa e Olimpíadas

O plano de expansão da BHG inclui ter negócios em pelo menos 40 cidades onde o grupo ainda não está presente, com foco no interior e no litoral. A Copa do Mundo de Futebol, em 2014, e os Jogos Olímpicos, no Rio em 2016, trazem oportunidades para a empresa principalmente por clientes querendo fazer negócios no País, mais do que pelo período dos eventos em si, segundo Vader. A sul-coreana Hyundai Motor Company tem fábrica em Anápolis, onde a BHG pretende ter um hotel.

“A maior exposição do Brasil vai dar um maior fluxo de gente contínuo para o Brasil”, disse o executivo. “Até o evento da Copa do Mundo, vai vir muita gente querendo fazer negócios.”

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“A gente está olhando, até agora ainda não acertou, mas, com certeza, vai aparecer a oportunidade”, disse Vader, 58 anos, em entrevista no escritório da Bloomberg em São Paulo no dia 28 de março.

A empresa, cujo foco é o turismo de negócios, fez aquisições no valor de R$ 330 milhões em 2011, segundo Vader, que não abre quanto pretende investir em operações similares este ano. Para fazer “grandes aquisições” neste ano, seria necessário emitir dívida, se associar a outros investidores, fazer incorporações com ações ou emiti-las, disse ele.

A BHG tem como meta chegar a 12.000 quartos até 2014, por meio de aquisições e parcerias com construtoras para levantar novos hotéis, segundo o executivo. Atualmente, 10.800 já estão contratados, sendo que 8.500 já estão em funcionamento, segundo Pieter Vader.

As ações da BHG acumulam alta de 41 por cento no ano, enquanto o Ibovespa sobe 14 por cento. No ano passado, os papéis caíram 23 por cento, enquanto o principal indicador da bolsa brasileira perdeu 18 por cento. De cinco analistas de bancos, corretoras e consultorias que acompanham a empresa, quatro têm recomendação de compra ou equivalente, e apenas uma tem avaliação neutra, segundo dados compilados pela Bloomberg.

Rio Palace

A BHG tem exclusividade das marcas de hotéis Golden Tulip, Royal Tulip e Tulip Inn na América do Sul, rede que inclui o antigo Hotel Intercontinental, hoje Royal Tulip Rio de Janeiro, no bairro de São Conrado, adquirido pela BHG no fim de 2010. Em agosto, anunciou a compra do Hotel Rio Palace, em Copacabana, e trava na Justiça uma disputa pelo prédio com a Accor SA, que aluga com a marca Sofitel o imóvel da Veplan Hotéis e Turismo SA, em recuperação judicial.

A rede francesa alega ter direito de preferência na aquisição, por já ser inquilina do imóvel desde 1996, com um contrato de 25 anos, disse Marcelo Carpenter, sócio do Escritório de Advocacia Sergio Bermudes, que representa a Accor, em entrevista por telefone do Rio de Janeiro ontem. Em dezembro, a Accor obteve vitória em primeira instância, decisão da qual a BHG teria recorrido e agora aguarda novo julgamento pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Tanto Accor quanto BHG dizem ter depositado judicialmente o valor da venda, de R$ 184 milhões. Procurado, o dono da Veplan, José Carlos Mello Ourivio, não quis comentar o assunto.


A BHG é fruto de uma aquisição, da Cia. Brasileira de Desenvolvimento Imobiliário Turístico, a Invest Tur, pela Latin America Hotels LLC, da GP, em 2009, que deu origem à empresa, que passou a ser dona do Txai Resort, em Itacaré, na Bahia. Dos 16 terrenos herdados da Invest Tur, avaliados em cerca de R$ 150 milhões, 12 ainda não têm destino certo, disse Pieter Vader.

Copa e Olimpíadas

O plano de expansão da BHG inclui ter negócios em pelo menos 40 cidades onde o grupo ainda não está presente, com foco no interior e no litoral. A Copa do Mundo de Futebol, em 2014, e os Jogos Olímpicos, no Rio em 2016, trazem oportunidades para a empresa principalmente por clientes querendo fazer negócios no País, mais do que pelo período dos eventos em si, segundo Vader. A sul-coreana Hyundai Motor Company tem fábrica em Anápolis, onde a BHG pretende ter um hotel.

“A maior exposição do Brasil vai dar um maior fluxo de gente contínuo para o Brasil”, disse o executivo. “Até o evento da Copa do Mundo, vai vir muita gente querendo fazer negócios.”

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