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Banco suíço fez oferta ao BTG por controle do BSI

O Banco do Estado do Cantonal do Ticino declarou que fez uma proposta para comprar as ações do BSI, adquirido pelo grupo BTG

BTG Pactual: para o BancaStato, criado em 1915, o valor pago por cada ação seria "razoável" (Gustavo Kahil / Exame.com)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de janeiro de 2016 às 08h44.

Genebra - O Banco do Estado do Cantonal do Ticino (BancaStato) declarou, nessa quinta, 14, que fez uma proposta para comprar as ações do BSI, adquirido pelo grupo brasileiro BTG Pactual .

Segundo a instituição financeira, uma carta foi enviada no fim de dezembro com a proposta, ao lado de dois outros "importantes parceiros". Os nomes das demais empresas não foram revelados.

Para o BancaStato, criado em 1915, o valor pago por cada ação seria "razoável". Mas os valores também não foram revelados.

Na quarta-feira, a imprensa alemã apontou que o banco suíço-brasileiro J.Safra Sarasin havia fechado um negócio para comprar o BSI. Mas, horas depois, o Grupo Safra desmentiu a informação em comunicado oficial. Bancos como o Julius Baer e o Credit Suisse também estariam na corrida, mas teriam desistido.

Nessa quinta, 14, o presidente executivo do banco Julius Baer, Boris Collardi, disse que o banco não tem interesse em comprar o BSI. "Só vou me referir ao único comentário que fiz sobre isso, de que não estamos realmente interessados", disse Collardi durante uma coletiva de imprensa. "É sempre o mesmo. Todo mundo conversa com a gente sobre qualquer coisa que estiver à venda. E, mesmo se dissermos que não estamos realmente interessados, sempre há rumores de que estamos."

Para o banco cantonal, porém, a compra do BSI é "uma excelente oportunidade de investimento, tanto no plano financeiro como na sinergia". A instituição também alerta que é "do interesse de toda a praça financeira do Ticino evitar um desmembramento do BSI".

Segundo o banco, o governo da região do Ticino já foi informado do interesse e das negociações e, agora, "aguarda para ver a evolução da situação". O governo dessa divisão administrativa da Suíça é o único acionista do BancaStato.

Origem do negócio

O BTG comprou o banco suíço em meados de 2014, mas só em setembro do ano passado a instituição brasileira conseguiu concluir o negócio.

A demora ocorreu porque a Autoridade Federal de Vigilância do Mercado Financeiro (Finma) demorou para dar o aval à transação. A compra só foi concluída depois que uma série de condições legais envolvendo o banqueiro André Esteves, ex-presidente do BTG, foram esclarecidas.

O temor dos reguladores do mercado financeiro suíço era de que, ao permitir a entrada de Esteves em sua praça financeira, estariam abrindo as portas para negócios envolvendo a Petrobrás. O BSI e outros ativos foram colocados à venda pelo BTG depois que Esteves, foi preso, em novembro passado, acusado de obstruir a Operação Lava Jato.

Negociações

Nessa quinta, 14, em comunicado ao mercado, o BTG disse que seu conselho de administração autorizou a negociação do BSI com interessados, sem informar nomes, após ter "recebido manifestações indicativas e não vinculantes" para a aquisição do banco suíço.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Genebra - O Banco do Estado do Cantonal do Ticino (BancaStato) declarou, nessa quinta, 14, que fez uma proposta para comprar as ações do BSI, adquirido pelo grupo brasileiro BTG Pactual .

Segundo a instituição financeira, uma carta foi enviada no fim de dezembro com a proposta, ao lado de dois outros "importantes parceiros". Os nomes das demais empresas não foram revelados.

Para o BancaStato, criado em 1915, o valor pago por cada ação seria "razoável". Mas os valores também não foram revelados.

Na quarta-feira, a imprensa alemã apontou que o banco suíço-brasileiro J.Safra Sarasin havia fechado um negócio para comprar o BSI. Mas, horas depois, o Grupo Safra desmentiu a informação em comunicado oficial. Bancos como o Julius Baer e o Credit Suisse também estariam na corrida, mas teriam desistido.

Nessa quinta, 14, o presidente executivo do banco Julius Baer, Boris Collardi, disse que o banco não tem interesse em comprar o BSI. "Só vou me referir ao único comentário que fiz sobre isso, de que não estamos realmente interessados", disse Collardi durante uma coletiva de imprensa. "É sempre o mesmo. Todo mundo conversa com a gente sobre qualquer coisa que estiver à venda. E, mesmo se dissermos que não estamos realmente interessados, sempre há rumores de que estamos."

Para o banco cantonal, porém, a compra do BSI é "uma excelente oportunidade de investimento, tanto no plano financeiro como na sinergia". A instituição também alerta que é "do interesse de toda a praça financeira do Ticino evitar um desmembramento do BSI".

Segundo o banco, o governo da região do Ticino já foi informado do interesse e das negociações e, agora, "aguarda para ver a evolução da situação". O governo dessa divisão administrativa da Suíça é o único acionista do BancaStato.

Origem do negócio

O BTG comprou o banco suíço em meados de 2014, mas só em setembro do ano passado a instituição brasileira conseguiu concluir o negócio.

A demora ocorreu porque a Autoridade Federal de Vigilância do Mercado Financeiro (Finma) demorou para dar o aval à transação. A compra só foi concluída depois que uma série de condições legais envolvendo o banqueiro André Esteves, ex-presidente do BTG, foram esclarecidas.

O temor dos reguladores do mercado financeiro suíço era de que, ao permitir a entrada de Esteves em sua praça financeira, estariam abrindo as portas para negócios envolvendo a Petrobrás. O BSI e outros ativos foram colocados à venda pelo BTG depois que Esteves, foi preso, em novembro passado, acusado de obstruir a Operação Lava Jato.

Negociações

Nessa quinta, 14, em comunicado ao mercado, o BTG disse que seu conselho de administração autorizou a negociação do BSI com interessados, sem informar nomes, após ter "recebido manifestações indicativas e não vinculantes" para a aquisição do banco suíço.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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