Banco demite dois funcionários por caso de agressão sexual
Demissões ocorrem 8 anos após agressão, que ocorreu no Credit Suisse. O caso foi investigado duas vezes e não resultou em acusações criminais.
Mariana Desidério
Publicado em 24 de agosto de 2018 às 09h44.
Credit Suisse demitiu dois funcionários após concluir uma investigação sobre um caso de agressão sexual que remonta a 2010, segundo uma pessoa familiarizada com a situação.
O incidente ocorreu há oito anos e o banco recentemente reviu como havia lidado com uma alegação de que um funcionário do sexo masculino agrediu uma subordinada do sexo feminino na época. O caso foi investigado duas vezes pela polícia de Londres e não resultou em acusações criminais nem em medidas disciplinares por parte do banco.
O Credit Suisse não quis comentar as demissões, que foram divulgadas na quinta-feira pelo Financial Times.
A suposta vítima escreveu ao CEO do banco, Tidjane Thiam, sobre o incidente no início deste ano e não recebeu uma resposta na época, afirmou o Credit Suisse em um comunicado enviado por e-mail neste ano. Thiam só viu a correspondência em 28 de fevereiro e ordenou outra investigação interna para averiguar por que ele não tinha sido informado sobre o assunto antes.
Lara Warner, chefe de compliance e assuntos regulatórios do banco, comanda a análise do caso. O incidente de 2010, que envolveu um homem em um cargo intermediário de gerência e sua subordinada do sexo feminino, foi analisado internamente na época, informou o banco.
No final de fevereiro, o Credit Suisse anunciou aos funcionários mudanças em seus procedimentos disciplinares que padronizaram as políticas em todo o banco. O anúncio foi realizado após uma "análise completa" de seus procedimentos que não estava relacionado ao suposto incidente de 2010.