O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que a corrupção afeta até o meio-ambiente (Daniel Berehulak/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 9 de dezembro de 2010 às 13h52.
Nova York - O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, defendeu nesta quinta-feira que "a prevenção da corrupção é um bom negócio", já que as práticas ruins "distorcem os mercados e entorpecem o crescimento", por isso que encorajou às empresas a unirem-se à iniciativa Global Compact.
"A corrupção é uma ameaça ao desenvolvimento, à democracia e à estabilidade, distorce os mercados, freia o crescimento econômico e desalenta o investimento estrangeiro", manifestou Ban por ocasião da realização nesta quinta-feira do Dia Internacional contra a Corrupção.
Por meio de um comunicado, acrescentou que este mal tem efeitos nos serviços públicos e da confiança nos funcionários, ao tempo que "contribui para o dano do meio ambiente".
Por tudo isso, o principal responsável da organização com sede em Nova York encorajou às empresas a cooperar com as instituições para revelar os casos de corrupção que "envolvem despesas ocultas, fazendo subir os preços e prejudicando a qualidade dos produtos, sem nenhum tipo de benefício para os produtores e os consumidores".
Nesse sentido, encorajou a somarem-se ao Global Compact, uma iniciativa das Nações Unidas para fomentar a responsabilidade corporativa, erradicar as más práticas do setor privado e favorecer a lutar contra a corrupção.
A Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção ajuda 148 países a detectar e prevenir este tipo de abusos, lembrou Ban, quem apontou que o organismo internacional tem seus próprios mecanismos internos para lutar contra a corrupção.
"Neste Dia Internacional contra a Corrupção colocamos todo nosso esforço para fomentar as práticas éticas, salvaguardar a confiança e garantir que não serão desviados recursos necessários para o trabalho conjunto em prol do desenvolvimento e da paz", sustentou.
Por ocasião da realização deste dia, as Nações Unidas faz nesta quinta uma reunião organizada pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) e o Programa para o Desenvolvimento da ONU (Pnud), que estuda a função do setor privado na luta contra a corrupção.
Acrescentou que "no último ano, vários países intensificaram a aplicação das leis contra a corrupção e se viram processos judiciais de alto nível em grandes empresas".