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Audi entra na busca por consumidores com sedãs mais baratos

Montadora se uniu a Mercedes-Benz e a BMW com lançamentos de modelos mais baratos nos EUA para seduzir consumidores de concorrentes do segmento popular

Volante de um carro da Audi: montadora apresentará o sedã A3 no Salão Internacional do Automóvel norte-americano, em Detroit (Kiyoshi Ota/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de janeiro de 2014 às 22h34.

Frankfurt - A Audi , a Mercedes-Benz e a BMW estão lançando modelos mais baratos nos EUA para seduzir consumidores de concorrentes do segmento popular, como a Ford Motor Co.

A Audi, que apresentará o sedã A3 no Salão Internacional do Automóvel norte-americano, em Detroit, na semana que vem, oferecerá o carro por US$ 29.900 quando ele chegar às vendas, no segundo trimestre. O montante equivaleria ao preço do Mercedes CLA sedã, que está à venda desde setembro, em um momento em que as marcas alemãs disponibilizam modelos que custam menos da metade de seus principais carros.

As fabricantes de carros de ponta da Alemanha estão disputando cada vez mais com suas concorrentes principais os compradores de modelos como o Ford Taurus, de US$ 26.780, e o Chrysler 300, de US$ 30.545. Seu objetivo é atrair uma base mais ampla de clientes e mantê-los fiéis a suas marcas em um momento em que as empresas buscam recordes globais de vendas.

O impulso da Mercedes para o CLA ajudou a unidade da Daimler AG a conseguir a liderança nas entregas de carros de luxo nos EUA em 2013, superando a BMW e a Lexus, da Toyota Motor Corp., pela primeira vez em mais de uma década. A Bayerische Motoren Werke AG lançará o cupê Série 2, a US$ 33.025, no primeiro trimestre em sua aposta para atrair novos clientes.

“O luxo sempre foi uma aspiração e uma vez que você faz parte disso, você tende a querer manter isso”, disse Jeff Schuster, analista da LMC Automotive. “A tendência é existir mais fidelidade às marcas premium que às não premium. Isso é, certamente, um fator motivador para expandir a linha de produção”.

Em cheio

Steve Berger, de 59 anos de idade, de Massachusetts, nunca havia tido um Mercedes até optar por um CLA preto de interior marrom-claro, neste mês. Ele havia estudado modelos da Chevrolet e da Lincoln, até que se impressionou com o estilo do carro alemão.

“Ele me pegou em cheio”, disse o vendedor de anúncios de televisão, que pagou em torno de US$ 37.000 por seu modelo após ser convencido pela dirigibilidade. “Esse valor é uma pechincha por esse carro”.


As marcas de alto padrão respondem por 31 por cento do mercado automotivo alemão, contra 19 por cento nos EUA, segundo a consultoria IHS Automotive. Apoiadas pelo aumento das linhas de montagem, essas marcas provavelmente crescerão 24 por cento nos EUA até 2018, contra um ganho de 6,7 por cento no mercado como um todo.

Missão do A3

Ter uma participação desse crescimento é fundamental quando BMW, Mercedes e Audi, da Volkswagen, disputam a liderança global em vendas de carros de luxo. A BMW atualmente se mantém no topo do ranking, que a Mercedes e a Audi prometeram tomar dela até o final da década. A Audi adicionou uma variação de sedã à linha A3 pela primeira vez, em grande parte para o mercado dos EUA.

“Na Europa, o A3 está conquistando novos clientes de forma massiva”, disse o diretor de vendas da Audi, Luca de Meo. “Essa é a missão da família A3 no mercado americano também”.

A oferta de veículos muito mais baratos que carros como o Mercedes Classe S, de US$ 92.900, e o Audi S7, de US$ 80.200, está diluindo uma imagem baseada, em parte, em ser inatingível para o cidadão médio.

A Mercedes rechaça as preocupações de que fabricar carros mais acessíveis prejudicará sua imagem. Até o momento, 75 por cento dos compradores do CLA estão comprando da marca pela primeira vez, e os preços mais baixos estão atraindo pessoas para as concessionárias, onde elas veem de perto modelos como o campeão de vendas Classe C, com preço a partir de US$ 35.800, disse a empresa.

Isso pode significar mais consumidores perdidos para empresas como Ford e General Motors Co. se Berger, com seu CLA, servir como indicação. O morador do subúrbio de Boston, cujo carro anterior era um Subaru Legacy, não se arrepende de ter comprado um modelo mais popular da Mercedes.

“O acabamento, os materiais, a configuração -- eu garanto para você, se você dirigir o meu carro, você nunca vai imaginar que é um carro de US$ 37.000”, disse ele.

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A Audi, que apresentará o sedã A3 no Salão Internacional do Automóvel norte-americano, em Detroit, na semana que vem, oferecerá o carro por US$ 29.900 quando ele chegar às vendas, no segundo trimestre. O montante equivaleria ao preço do Mercedes CLA sedã, que está à venda desde setembro, em um momento em que as marcas alemãs disponibilizam modelos que custam menos da metade de seus principais carros.

As fabricantes de carros de ponta da Alemanha estão disputando cada vez mais com suas concorrentes principais os compradores de modelos como o Ford Taurus, de US$ 26.780, e o Chrysler 300, de US$ 30.545. Seu objetivo é atrair uma base mais ampla de clientes e mantê-los fiéis a suas marcas em um momento em que as empresas buscam recordes globais de vendas.

O impulso da Mercedes para o CLA ajudou a unidade da Daimler AG a conseguir a liderança nas entregas de carros de luxo nos EUA em 2013, superando a BMW e a Lexus, da Toyota Motor Corp., pela primeira vez em mais de uma década. A Bayerische Motoren Werke AG lançará o cupê Série 2, a US$ 33.025, no primeiro trimestre em sua aposta para atrair novos clientes.

“O luxo sempre foi uma aspiração e uma vez que você faz parte disso, você tende a querer manter isso”, disse Jeff Schuster, analista da LMC Automotive. “A tendência é existir mais fidelidade às marcas premium que às não premium. Isso é, certamente, um fator motivador para expandir a linha de produção”.

Em cheio

Steve Berger, de 59 anos de idade, de Massachusetts, nunca havia tido um Mercedes até optar por um CLA preto de interior marrom-claro, neste mês. Ele havia estudado modelos da Chevrolet e da Lincoln, até que se impressionou com o estilo do carro alemão.

“Ele me pegou em cheio”, disse o vendedor de anúncios de televisão, que pagou em torno de US$ 37.000 por seu modelo após ser convencido pela dirigibilidade. “Esse valor é uma pechincha por esse carro”.


As marcas de alto padrão respondem por 31 por cento do mercado automotivo alemão, contra 19 por cento nos EUA, segundo a consultoria IHS Automotive. Apoiadas pelo aumento das linhas de montagem, essas marcas provavelmente crescerão 24 por cento nos EUA até 2018, contra um ganho de 6,7 por cento no mercado como um todo.

Missão do A3

Ter uma participação desse crescimento é fundamental quando BMW, Mercedes e Audi, da Volkswagen, disputam a liderança global em vendas de carros de luxo. A BMW atualmente se mantém no topo do ranking, que a Mercedes e a Audi prometeram tomar dela até o final da década. A Audi adicionou uma variação de sedã à linha A3 pela primeira vez, em grande parte para o mercado dos EUA.

“Na Europa, o A3 está conquistando novos clientes de forma massiva”, disse o diretor de vendas da Audi, Luca de Meo. “Essa é a missão da família A3 no mercado americano também”.

A oferta de veículos muito mais baratos que carros como o Mercedes Classe S, de US$ 92.900, e o Audi S7, de US$ 80.200, está diluindo uma imagem baseada, em parte, em ser inatingível para o cidadão médio.

A Mercedes rechaça as preocupações de que fabricar carros mais acessíveis prejudicará sua imagem. Até o momento, 75 por cento dos compradores do CLA estão comprando da marca pela primeira vez, e os preços mais baixos estão atraindo pessoas para as concessionárias, onde elas veem de perto modelos como o campeão de vendas Classe C, com preço a partir de US$ 35.800, disse a empresa.

Isso pode significar mais consumidores perdidos para empresas como Ford e General Motors Co. se Berger, com seu CLA, servir como indicação. O morador do subúrbio de Boston, cujo carro anterior era um Subaru Legacy, não se arrepende de ter comprado um modelo mais popular da Mercedes.

“O acabamento, os materiais, a configuração -- eu garanto para você, se você dirigir o meu carro, você nunca vai imaginar que é um carro de US$ 37.000”, disse ele.

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