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Atraso em programa americano de reposição preocupa Boeing

Companhia pode ser forçada a suspender a linha de montagem do modelo 767, oferecido ao Pentágono para conversão em avião-tanque, por baixa procura do mercado. Já a Airbus mantém a produção do A330, e ganha vantagem competitiva

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

A Boeing está na torcida para que uma decisão do governo americano seja tomada o mais breve possível, o que evitaria pesados prejuízos. O Pentágono está atrasado na definição dos parâmetros para renovar sua frota de aviões-tanque, alguns com 40 anos. Segundo o americano The Wall Street Journal desta quinta-feira (10/2), a fabricante de aeronaves pode ser obrigada a suspender em maio ou junho sua linha de montagem do modelo 767 porque a carteira de pedidos, atualmente em 25 unidades, é muito pequena para justificar a operação.

Prevendo atrasos dos militares, a Boeing já chegou a contabilizar como prejuízo no último trimestre de 2004 os 275 milhões de dólares em pesquisa e desenvolvimento destinados à conversão dos 767 em aviões-tanque. A reportagem qualifica a situação como um grande retrocesso para a companhia, que até ano passado contava com um pré-contrato com o governo no valor de 23 bilhões de dólares, para ser a fornecedora de aeronaves de recarregamento de combustível em vôo.

A perspectiva inicial da Força Aérea dos Estados Unidos era resolver o assunto até o final do ano passado, mas investigações sobre lobby irregular e polêmicas no Congresso empurraram o início do programa de reposição dos aviões para setembro ou outubro.

Se tiver mesmo de parar as máquinas, a Boeing ficará em dificuldades para competir com a European Aeronautic Defence & Space (EADS), companhia controladora da Airbus (leia reportagem de EXAME sobre como o mais recente lançamento da Airbus coloca a Boeing na defensiva). Fica relativamente mais caro e complicado concorrer porque reativar a linha de montagem será mais dispendioso, encarecendo o 767. Já a EADS não sofre com ameaças de interrupção da produção, porque sua carteira do Airbus A330, o modelo que oferece para conversão, vai muito bem.

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