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Ataque contra Sony evidencia desafio à visão de CEO Hirai

E-mails que vazaram revelam um abismo cultural entre a japonesa Sony e a Sony Pictures Entertainment

Sede da Sony: conglomerado japonês caminha para seu quinto prejuízo líquido em seis anos (Toru Hanai/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 15 de dezembro de 2014 às 09h44.

Tóquio - E-mails que vazaram revelam um abismo cultural entre a japonesa Sony e a Sony Pictures Entertainment, sua subsidiária em Hollywood, reforçando o desafio para o presidente-executivo Kazuo Hirai reestruturar a deficitária companhia sob o lema "One Sony" (Uma Sony).

O conglomerado japonês caminha para seu quinto prejuízo líquido em seis anos, levantando questões sobre sua capacidade de continuar com negócios que vão desde a fabricação de TVs até a produção de filmes.

Embora o investidor ativista de fundos de hedge Daniel Loeb tenha desistido de defender que a Sony faça a cisão de sua unidade de entretenimento, outros acreditam que a empresa deve sair de linhas de produtos fracas como TVs. O bilíngue Hirai está ligado a ambos os lados da Sony, sendo que tem experiência em ambos os negócios de videogames e música.

Ele é portanto amplamente considerado como um dos poucos executivos da companhia capazes de aproximar as culturas industriais e cinematográficas de Tóquio e Hollywood.

Porém, junto a piadas sobre raça relacionadas ao presidente norte-americano Barack Obama e declarações depreciativas sobre grandes atores, os emails vazados de executivos da Sony Pictures revelam tensões entre Hirai e o estúdio de filmes.

Os emails foram vazados após um ataque eletrônico contra os sistemas da Sony no mês passado por um grupo que exige que a companhia não lançasse o filme "A Entrevista", uma comédia criticada pela Coreia do Norte por ter uma cena que mostra o assassinato do líder do país.

Os emails mostraram que Hirai ordenou que o filme fosse atenuado e encontrou resistência dos criadores do filme, incluindo o codiretor e ator Seth Rogen. A copresidente do Conselho da Sony Pictures Amy Pascal tentou mediar a situação.

Os emails também mostraram como executivos do cinema veem Hirai e o vice-presidente financeiro Kenichiro Yoshida com apreensão antes de cortes de custos com o objetivo de elevar as margens de lucro.

A Sony não quis dar comentários para este artigo e Hirai não foi disponibilizado para entrevistas.

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Tóquio - E-mails que vazaram revelam um abismo cultural entre a japonesa Sony e a Sony Pictures Entertainment, sua subsidiária em Hollywood, reforçando o desafio para o presidente-executivo Kazuo Hirai reestruturar a deficitária companhia sob o lema "One Sony" (Uma Sony).

O conglomerado japonês caminha para seu quinto prejuízo líquido em seis anos, levantando questões sobre sua capacidade de continuar com negócios que vão desde a fabricação de TVs até a produção de filmes.

Embora o investidor ativista de fundos de hedge Daniel Loeb tenha desistido de defender que a Sony faça a cisão de sua unidade de entretenimento, outros acreditam que a empresa deve sair de linhas de produtos fracas como TVs. O bilíngue Hirai está ligado a ambos os lados da Sony, sendo que tem experiência em ambos os negócios de videogames e música.

Ele é portanto amplamente considerado como um dos poucos executivos da companhia capazes de aproximar as culturas industriais e cinematográficas de Tóquio e Hollywood.

Porém, junto a piadas sobre raça relacionadas ao presidente norte-americano Barack Obama e declarações depreciativas sobre grandes atores, os emails vazados de executivos da Sony Pictures revelam tensões entre Hirai e o estúdio de filmes.

Os emails foram vazados após um ataque eletrônico contra os sistemas da Sony no mês passado por um grupo que exige que a companhia não lançasse o filme "A Entrevista", uma comédia criticada pela Coreia do Norte por ter uma cena que mostra o assassinato do líder do país.

Os emails mostraram que Hirai ordenou que o filme fosse atenuado e encontrou resistência dos criadores do filme, incluindo o codiretor e ator Seth Rogen. A copresidente do Conselho da Sony Pictures Amy Pascal tentou mediar a situação.

Os emails também mostraram como executivos do cinema veem Hirai e o vice-presidente financeiro Kenichiro Yoshida com apreensão antes de cortes de custos com o objetivo de elevar as margens de lucro.

A Sony não quis dar comentários para este artigo e Hirai não foi disponibilizado para entrevistas.

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