São Paulo – Essa semana começou com a goleada no Barcelona sobre o Santos. Dentro e fora de campo. Outro time brasileiro anunciou sua estratégia para pagar a cobertura de seu estádio. O São Paulo F. C. terá um hotel e uma arena para shows de médio porte.  Veja as principais notícias de negócios dessa semana:

Um estudo da consultoria BDO mostra as diferenças estruturais entre o Santos e o Barcelona. Não foi só no jogo do último domingo que o time da baixada santista perdeu para o clube Catalão. Na temporada 2010/11, o Barcelona levantou receitas de 1,089 bilhão de reais, contra um faturamento estimado para o Santos pela BDO Trevisan em 156 milhões de reais. O Barcelona obteve apenas 60 milhões de reais com as transferências de atletas. O time obteve receitas de acordos com redes de TV para a transmissão de jogos, venda de produtos licenciados  e  ingressos para partidas e eventos no estádio Camp Nou.

O São Paulo Futebol Clube e a Andrade Gutierrez anunciaram nessa semana a realização de uma parceria para a reforma do Estádio do Morumbi. A obra de cobertura do estádio do Morumbi – que inclui a construção de um hotel e de uma arena de shows – vai custar entre 300 milhões de reais e 400 milhões de reais. O investimento não será feito pelo São Paulo Futebol Clube, tampouco pela sua parceira na obra, a construtora Andrade Gutierrez. Os recursos virão dos parceiros que irão administrar o hotel e a arena. O nome dos parceiros ainda não é revelado. O hotel e a arena de shows serão construídos para viabilizar a cobertura do estádio. O clube recebeu a demanda pela cobertura do estádio na época das visitações para conseguir sediar jogos da Copa do Mundo. 

Finalmente foi descoberto o próximo passo de Roger Agnelli, ex-presidente da Vale. Agnelli criou uma empresa de investimentos, a AGN Participações, com foco em biomassa, portos e mineração de médio porte no Brasil e na África. O empresário espera ter negócios da nova empresa em andamento já em janeiro.

A Marfrig anunciou nessa semana que negocia com a JSL a transferência da gestão de suas operações logísticas, incluindo todas as etapas de transporte e armazenagem dos seus produtos no Brasil. Segundo o acordo, a JSL vai comprar da Marfrig alguns ativos logísticos, próprios para a operação de produtos refrigerados, pelo valor de 150 milhões de reais. A compra está sujeita a celebração do contrato de gestão. Ainda nessa semana, um dos membros do Conselho Fiscal do frigorífico Marfrig pediu demissão nesta quinta-feira. Estefan George Haddad deixou a empresa para assumir um cargo de diretoria na auditoria BDO RCS.

A rede de farmácias Pague Menos e a Ultrafarma estariam negociando uma fusão. As informações são do jornal Valor Econômico. Segundo o jornal, Sidney Oliveira, presidente da Ultrafarma, e Francisco Deusmar de Queirós, presidente da Pague Menos, têm se encontrado frequentemente nas últimas semanas. As conversas ainda seriam preliminares.

Na última edição do ranking do varejo, elaborado pelo Ibevar (Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo), o Makro ultrapassou a antiga 5ª colocada, a Máquina de Vendas, e agora faz companhia para as gigantes. Pão de Açúcar, Carrefour, Walmart e Lojas Americanas seguem dominando o varejo brasileiro.  O Makro era a 6ª maior empresa do setor no Brasil. Com um faturamento de 6 bilhões de reais, o grupo – que possui 76 lojas no país – ultrapassou a Máquina de Vendas, que faturou cerca de 5 bilhões de reais e também foi ultrapassada pelo Magazine Luiza. A Máquina de vendas possui 750 lojas, quase dez vezes mais que o Makro. 

A Zara Brasil terá de realizar um investimento social de 3,4 milhões de reais e criar um fundo de emergência para resolver eventuais situações de precariedade de condições para os trabalhadores. Esse foi o acordo assinado entre a empresa espanhola, o Ministério Público do Trabalho (MPT) e o Ministério do Trabalho e Emprego nessa semana. A Zara também se comprometeu a eliminar as precárias condições de trabalho e a garantir qualidade de vida de seus empregados. Na versão anterior do termo de ajuste de conduta, que a Zara não quis assinar, o MPT pedia indenização de 20 milhões de reais para reparação de danos morais coletivos.    

Nessa semana circulou a informação de que a Vale teria vendido quatro de seus 19 navios encomendados a estaleiros coreanos e chineses – e que ainda queria se desfazer dos outros. Recentemente, o supercargueiro Beijing, da Vale, rachou quando embarcava minério de ferro da empresa. O navio seguiria para o Porto de Roterdã, na Holanda, mas, por causa da rachadura, teve que ficar ancorado no Porto de São Luís, no Maranhão. O Beijing foi contratado pela Vale da coreana STX Pan Ocean. Os portos chineses também ofereceram resistência em receber as embarcações da mineradora. 

A grife italiana Bottega Veneta inaugurou nessa semana a sua primeira loja no Brasil, no Shopping Iguatemi, em São Paulo. Nessa loja serão vendidos apenas acessórios, que são o carro chefe da marca. A grife pretende abrir uma nova loja no Brasil em abril, no shopping JK Iguatemi, também na cidade de São Paulo – e esse ponto de venda terá a linha completa da marca, com acessórios e roupas. 

As empresas de logística ALL e Triunfo Participações e a mineradora Vetorial formaram uma joint venture, a Vetria, para criar um sistema integrado mina-logística-porto. A Vetria "atuará na exploração, beneficiamento, transporte, comercialização e exportação de minério de ferro por meio de um porto privado a ser construído em Santos (SP)". A ALL terá 50,38 por cento da Vetria, enquanto a Triunfo ficará com 15,79 por cento e os acionistas da Vetorial com 33,83 por cento.