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Após queda no lucro, Caixa prevê melhora no 2º semestre

O lucro da Caixa teve suporte do aumento de receitas com crédito e com tarifas e serviços, além do maior controle das despesas administrativas

Caixa: o lucro do banco teve suporte do aumento de receitas com crédito e com tarifas e serviços, além do maior controle das despesas administrativas (Divulgacao)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de agosto de 2016 às 18h32.

São Paulo - A Caixa Econômica Federal teve queda no lucro líquido do segundo trimestre, diante de um salto nas provisões para perdas esperadas com inadimplência, mas o banco estatal previu melhora nos próximos trimestres.

De abril a junho, o lucro líquido do banco somou 1,61 bilhão de reais, queda de 16,8 por cento sobre um ano antes. O lucro da Caixa teve suporte do aumento de receitas com crédito e com tarifas e serviços, além do maior controle das despesas administrativas.

Ao contrário dos demais grandes bancos do país, cujas carteiras tiveram contração no trimestre, a Caixa viu seu estoque de financiamentos atingir 691,6 bilhões de reais em junho, um aumento de 6,7 por cento em 12 meses. Nesse contexto, a margem financeira da Caixa cresceu 4,9 por cento, ano a ano, a 11,7 bilhões de reais.

De todo modo, o banco federal reduziu a previsão de alta de sua carteira de empréstimos em 2016, da faixa de 7 a 10 por cento para a de 5,5 a 7,5 por cento.

As receitas do banco com tarifas e serviços no trimestre chegaram a 5,58 bilhões de reais, um incremento de 10,6 por cento. Na outra ponta, as despesas administrativas (excluindo de pessoal), cresceram 2,5 por cento, para 3 bilhões de reais.

O índice de inadimplência acima de 90 dias atingiu 3,2 por cento, abaixo dos 3,51 por cento do trimestre anterior, mas maior que os 2,85 por cento de um ano antes.

Segundo o presidente-executivo da Caixa, Gilberto, Colhi, o foco do banco em linhas de menor risco, como financiamento imobiliário e do setor de infraestrutura permitem acreditar que o índice de inadimplência ficará estável ou cairá nos próximos trimestre, aliviando a necessidade de maiores provisões para perdas com calotes.

De todo modo, a despesa registrada pela Caixa com provisão para perdas com inadimplência no trimestre somou 6,26 bilhões de reais no segundo trimestre um salto de 37,4 por cento sobre um ano antes e de 64,3 por cento sobre o trimestre anterior.

OI Além de provisões maiores para perdas com crédito bancário, a Caixa computou uma perda no trimestre referente à marcação a mercado de debêntures de uma empresa de telecomunicações, que pediu recuperação judicial em junho.

O banco não informou o nome da empresa mas o grupo de telecomunicações Oi anunciou pedido de proteção contra credores em junho.

Nas notas explicativas, a Caixa informou a desclassificação de debêntures de uma "empresa de telecomunicações, que tiveram vencimento antecipado para 28 de junho após a empresa pedir recuperação judicial". A Caixa registrou maioridade (baixa contábil) de 131,4 milhões de reais, o que ajustou o valor do investimento em debêntures da Oi para 1,75 bilhão de reais.

Nas notas explicativas, a Caixa afirmou não ter "evidência de maioridade superior ao já reconhecido em decorrência do processo de renegociação do endivida mento da emissora das desnatures".

A Caixa já conclui as provisões para perdas relacionadas a empréstimos para a afretadora de sondas para exploração de petróleo Sete Brasil, que também pediu recuperação judicial.

Na coletiva com jornalistas, o presidente da Caixa disse também que o banco espera retomar em breve as operações de vendas de carteiras. O Tribunal de Contas da União (TCU) mandou o banco suspender vendas de carteiras por suspeita de irregularidades.

"Esperamos esclarecer logo as dúvidas do TCU e retomar as vendas", disse ele.

O executivo disse ainda que não há um horizonte para retomada da oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), da sua subsidiária Caixa Seguridade. "Estamos analisando o mercado, pode acontecer em 2017", disse.

São Paulo - A Caixa Econômica Federal teve queda no lucro líquido do segundo trimestre, diante de um salto nas provisões para perdas esperadas com inadimplência, mas o banco estatal previu melhora nos próximos trimestres.

De abril a junho, o lucro líquido do banco somou 1,61 bilhão de reais, queda de 16,8 por cento sobre um ano antes. O lucro da Caixa teve suporte do aumento de receitas com crédito e com tarifas e serviços, além do maior controle das despesas administrativas.

Ao contrário dos demais grandes bancos do país, cujas carteiras tiveram contração no trimestre, a Caixa viu seu estoque de financiamentos atingir 691,6 bilhões de reais em junho, um aumento de 6,7 por cento em 12 meses. Nesse contexto, a margem financeira da Caixa cresceu 4,9 por cento, ano a ano, a 11,7 bilhões de reais.

De todo modo, o banco federal reduziu a previsão de alta de sua carteira de empréstimos em 2016, da faixa de 7 a 10 por cento para a de 5,5 a 7,5 por cento.

As receitas do banco com tarifas e serviços no trimestre chegaram a 5,58 bilhões de reais, um incremento de 10,6 por cento. Na outra ponta, as despesas administrativas (excluindo de pessoal), cresceram 2,5 por cento, para 3 bilhões de reais.

O índice de inadimplência acima de 90 dias atingiu 3,2 por cento, abaixo dos 3,51 por cento do trimestre anterior, mas maior que os 2,85 por cento de um ano antes.

Segundo o presidente-executivo da Caixa, Gilberto, Colhi, o foco do banco em linhas de menor risco, como financiamento imobiliário e do setor de infraestrutura permitem acreditar que o índice de inadimplência ficará estável ou cairá nos próximos trimestre, aliviando a necessidade de maiores provisões para perdas com calotes.

De todo modo, a despesa registrada pela Caixa com provisão para perdas com inadimplência no trimestre somou 6,26 bilhões de reais no segundo trimestre um salto de 37,4 por cento sobre um ano antes e de 64,3 por cento sobre o trimestre anterior.

OI Além de provisões maiores para perdas com crédito bancário, a Caixa computou uma perda no trimestre referente à marcação a mercado de debêntures de uma empresa de telecomunicações, que pediu recuperação judicial em junho.

O banco não informou o nome da empresa mas o grupo de telecomunicações Oi anunciou pedido de proteção contra credores em junho.

Nas notas explicativas, a Caixa informou a desclassificação de debêntures de uma "empresa de telecomunicações, que tiveram vencimento antecipado para 28 de junho após a empresa pedir recuperação judicial". A Caixa registrou maioridade (baixa contábil) de 131,4 milhões de reais, o que ajustou o valor do investimento em debêntures da Oi para 1,75 bilhão de reais.

Nas notas explicativas, a Caixa afirmou não ter "evidência de maioridade superior ao já reconhecido em decorrência do processo de renegociação do endivida mento da emissora das desnatures".

A Caixa já conclui as provisões para perdas relacionadas a empréstimos para a afretadora de sondas para exploração de petróleo Sete Brasil, que também pediu recuperação judicial.

Na coletiva com jornalistas, o presidente da Caixa disse também que o banco espera retomar em breve as operações de vendas de carteiras. O Tribunal de Contas da União (TCU) mandou o banco suspender vendas de carteiras por suspeita de irregularidades.

"Esperamos esclarecer logo as dúvidas do TCU e retomar as vendas", disse ele.

O executivo disse ainda que não há um horizonte para retomada da oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), da sua subsidiária Caixa Seguridade. "Estamos analisando o mercado, pode acontecer em 2017", disse.

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