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Anheuser-Busch deve rejeitar oferta da InBev, diz The Wall Street Journal

Cervejaria americana teria considerado baixa a proposta de US$ 46 bilhões

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

A cervejaria americana Anheuser-Busch, dona da marca Budweiser, pode rejeitar a oferta hostil de compra feita pela belga-brasileira InBev, afirma o jornal The Wall Street Journal (WSJ). Para assumir o controle da concorrente, a InBev estaria disposta a pagar 46 bilhões de dólares, mas segundo fontes consultadas pelo WSJ, a Anheuser-Busch considera este valor abaixo do justo.

Por isso, a cervejaria americana estuda uma estratégia para elevar o preço de suas ações na bolsa. Nesta quarta-feira (25/6), os papéis da Anheuser-Busch fecharam os negócios na Bolsa de Nova York cotados a 61,76 dólares. A proposta da InBev prevê o pagamento de 65 dólares por ação, valor que na ocasião do anúncio, há duas semanas, era 30% maior que o preço dos papéis no mercado acionário.

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O plano da Anheuser-Busch para elevar o valor da companhia, segundo o WSJ, incluiria a venda de ativos não essenciais para os negócios da empresa. A InBev, entretanto, mostrou-se disposta a insistir na operação. Nesta quarta-feira, o executivo-chefe da companhia, o brasileiro Carlos Brito, enviou uma carta a August Busch IV, presidente e executivo-chefe da Anheuser-Busch, reafirmando o desejo de se unir à companhia e formar a maior cervejaria do mundo.

Na carta, a InBev diz que obteve compromissos de financiamento junto a dez bancos e pagou cerca de 50 milhões de dólares em taxas, demonstrando sua disposição em concluir o negócio."A reação do mercado à nossa proposta foi extremamente positiva", ressalta a carta assinada por Brito. "Achamos que isso confirma nossa visão de que a proposta é o melhor caminho para se conseguir essa combinação transformadora para todas as partes", acrescenta. O documento também relaciona uma série de benefícios que poderiam ser proporcionados aos acionistas pela união das duas empresas, mencionando a liderança do mercado mundial, o aumento da competitividade e a expansão global da Budweiser.

A InBev voltou a dizer que a sede do grupo a ser formado, América do Norte, permaneceria na cidade de Saint Louis, atual sede da companhia norte-americana. Além disso, "a herança da Anheuser-Busch seria lembrada no nome da nova companhia combinada". A companhia belgo-brasileira reafirmou também que todas as cervejarias de ambas as empresas nos Estados Unidos continuariam abertas e garantiu "total apoio aos revendedores da Anheuser-Busch e ao sistema de distribuição tripartite". A InBev prometeu, ainda, um "forte compromisso" com as comunidades em que a Anheuser opera e disse que os membros da administração da empresa seriam mantidos, em todos os níveis hierárquicos, e que os membros do conselho seriam convidados a integrar o conselho da empresa resultante."Continuamos à disposição para discutir nossa proposta com você, incluindo os elementos enumerados acima, mas achamos que o tempo é essencial", afirma Brito, dirigindo-se ao presidente da Anheuser.

*Com informações da Agência Estado.

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