Copel pode ter depois parte de reajuste suspenso, diz Aneel
Segundo Rufino, isso aconteceu com algumas distribuidoras de energia, nos casos em que a revisão tarifária foi feita com defasagem
Da Redação
Publicado em 25 de junho de 2013 às 17h07.
Brasília - A Copel pode recuperar no futuro parte do reajuste suspenso a pedido da companhia. "A concessionária pode solicitar que parte do reajuste seja considerado financeiro", afirmou nesta terça-feira, 25, O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino.
Segundo Rufino, isso aconteceu com algumas distribuidoras de energia, nos casos em que a revisão tarifária foi feita com defasagem.
"Tem um financeiro passado que você pode repassar integralmente ou em parcelas", disse. "O reajuste fica deslocado, e a próxima (revisão tarifária) pode ser positiva ou negativa. Aí, o novo reajuste se calcula normalmente, e tem lá um financeiro 'X%' que vai ser acrescido no futuro. Nesse caso particular, aumentaria, mas em casos de revisão tarifária para menos, aplicaria depois."
Rufino afirmou que deslocar o reajuste no tempo é um direito de toda a concessionária. Ele disse ainda que o processo de reajuste não é uma imposição da Aneel. Segundo ele, a Copel ainda não formalizou qual o nível de diferimento do reajuste que pretende aplicar. "Estamos aguardando. Uma vez formalizado vamos analisar e deliberar, ou em reunião extraordinária, ou na próxima reunião ordinária."
O diretor-geral da Aneel afirmou que o caso não é inédito. "Não interessa à concessionária ou à Aneel que a tarifa tenha uma oscilação ou um efeito sanfona", disse. "Então, é normal que, quando há uma situação dessas, a empresa possa pedir que seja diluído esse impacto."
Em comunicado feito ao mercado pela Copel, a empresa informou que pediu a suspensão do reajuste à Aneel e disse que está concluindo as análises internas para identificar a melhor forma de aplicação do adiamento, de modo "que não traga prejuízo à saúde financeira da empresa".
A empresa informou ainda que apresentará "oportunamente à Aneel o pleito definitivo relativo ao diferimento". A distribuidora atende a 4,1 milhões de unidades de consumidoras, em 393 municípios do Estado do Paraná.
Leilão sem demanda
Sobre o leilão de energia A-0 feito na véspera, em que não houve demanda, Rufino afirmou que o resultado era previsível. "Na realidade, o preço da energia no mercado de curto prazo está alto, então, como são contratos de curto prazo, a empresa que tem alguma sobra de energia prefere vender no mercado livre ou liquidar no mercado de diferenças", afirmou.
Segundo ele, como a exposição das distribuidoras foi involuntária, os custos da eventual falta de energia serão cobertos com recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).
Brasília - A Copel pode recuperar no futuro parte do reajuste suspenso a pedido da companhia. "A concessionária pode solicitar que parte do reajuste seja considerado financeiro", afirmou nesta terça-feira, 25, O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino.
Segundo Rufino, isso aconteceu com algumas distribuidoras de energia, nos casos em que a revisão tarifária foi feita com defasagem.
"Tem um financeiro passado que você pode repassar integralmente ou em parcelas", disse. "O reajuste fica deslocado, e a próxima (revisão tarifária) pode ser positiva ou negativa. Aí, o novo reajuste se calcula normalmente, e tem lá um financeiro 'X%' que vai ser acrescido no futuro. Nesse caso particular, aumentaria, mas em casos de revisão tarifária para menos, aplicaria depois."
Rufino afirmou que deslocar o reajuste no tempo é um direito de toda a concessionária. Ele disse ainda que o processo de reajuste não é uma imposição da Aneel. Segundo ele, a Copel ainda não formalizou qual o nível de diferimento do reajuste que pretende aplicar. "Estamos aguardando. Uma vez formalizado vamos analisar e deliberar, ou em reunião extraordinária, ou na próxima reunião ordinária."
O diretor-geral da Aneel afirmou que o caso não é inédito. "Não interessa à concessionária ou à Aneel que a tarifa tenha uma oscilação ou um efeito sanfona", disse. "Então, é normal que, quando há uma situação dessas, a empresa possa pedir que seja diluído esse impacto."
Em comunicado feito ao mercado pela Copel, a empresa informou que pediu a suspensão do reajuste à Aneel e disse que está concluindo as análises internas para identificar a melhor forma de aplicação do adiamento, de modo "que não traga prejuízo à saúde financeira da empresa".
A empresa informou ainda que apresentará "oportunamente à Aneel o pleito definitivo relativo ao diferimento". A distribuidora atende a 4,1 milhões de unidades de consumidoras, em 393 municípios do Estado do Paraná.
Leilão sem demanda
Sobre o leilão de energia A-0 feito na véspera, em que não houve demanda, Rufino afirmou que o resultado era previsível. "Na realidade, o preço da energia no mercado de curto prazo está alto, então, como são contratos de curto prazo, a empresa que tem alguma sobra de energia prefere vender no mercado livre ou liquidar no mercado de diferenças", afirmou.
Segundo ele, como a exposição das distribuidoras foi involuntária, os custos da eventual falta de energia serão cobertos com recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).