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América Móvil contrata Bank of America para venda de ativos

Segundo fontes, companhia de Carlos Slim pretende vender ativos como parte de um plano de divisão para acalmar os parlamentares mexicanos

Vendedor ajuda uma consumidora em uma loja da América Móvil, na Cidade do México (Susana Gonzalez/Bloomberg)

Vendedor ajuda uma consumidora em uma loja da América Móvil, na Cidade do México (Susana Gonzalez/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 1 de setembro de 2014 às 17h07.

Nova York - A América Móvil, maior operadora de telefonia celular da América Latina, contratou o Bank of America para vender ativos de telefonia como parte de um plano de divisão para acalmar os parlamentares mexicanos, segundo fontes com conhecimento do assunto.

Entre os potenciais compradores estão a AT&T e o SoftBank, disse uma das fontes, que pediu para não ser identificada porque as discussões sobre a venda são privadas.

A América Móvil, que é controlada pelo bilionário Carlos Slim, está buscando vender partes de suas operações mexicanas para reduzir sua participação de mercado para menos de 50 por cento e evitar novas regulações destinadas a refrear seu domínio.

A empresa tem 70 por cento dos assinantes de telefonia celular do México e cerca de 80 por cento das linhas fixas do país.

A companhia anunciou planos para a venda de ativos, juntamente com uma cisão das torres de telefonia celular mexicanas, em julho.

Para conseguir apoio regulatório para o plano, o comprador precisará ser um estreante no mercado mexicano para criar mais concorrência, disse a empresa.

Isso descarta a Telefónica, maior concorrente da América Móvil e segunda maior operadora de telefonia do México.

A América Móvil não revelou quais ativos venderá, tornando difícil determinar quanto eles valerão. O Citigroup Inc. estimou que a empresa poderia levantar US$ 4 bilhões ou mais.

Assessores de imprensa da América Móvil e do SoftBank não responderam imediatamente, ontem, aos pedidos de comentário. John Yiannacopoulos, porta-voz do Bank of America, preferiu não comentar, assim como Brad Burns, porta-voz da AT&T.

A AT&T vendeu sua participação na América Móvil no início deste ano como parte de seu plano para adquirir a provedora de TV por satélite DirecTV, que compete com a empresa de Slim por clientes de vídeo no Brasil e na Colômbia.

A aquisição de US$ 48,5 bilhões deverá ser concluída no ano que vem.

Sky México

A DirecTV mantém uma participação minoritária na Sky México, a maior operadora de TV do país. Obter redes de telefonia no país pode permitir à AT&T combinar o serviço de vídeo com serviços de telefonia celular ou acesso à internet por cabo.

O SoftBank, que tem sede em Tóquio, mantém operações no Hemisfério Ocidental por meio da Sprint Corp., a maior operadora de telefonia celular dos EUA depois da Verizon Communications e da AT&T.

No mês passado, a Sprint nomeou Marcelo Claure como CEO, um cidadão boliviano que reside há tempos em Miami e é fundador da distribuidora de telefonia Brightstar.

Embora tenha descartado qualquer plano de comprar a T-Mobile US Inc., o SoftBank vendeu quase US$ 4 bilhões em bonds na semana passada, um fundo que a empresa poderia usar para aquisições.

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