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Ambev diz que produção não será afetada por falta de água

Companhia avalia que não está exposta a problema da falta de água no curto prazo em função de alternativas de captação com as quais conta

Linha de produção da Ambev em Itapissuma, Pernambuco: empresa divulgou a redução de sete por cento no volume de água utilizado para a produção de bebidas entre 2012 e 2013 (Divulgação/Ambev)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de março de 2014 às 16h18.

São Paulo - A gigante de bebidas Ambev avalia que não está exposta a problema da falta de água no curto prazo em função de alternativas de captação com as quais conta no Brasil. A companhia afirmou ainda nesta quarta-feira que os baixos níveis de água do sistema Cantareira, em São Paulo, não afetaram sua produção até o momento.

Segundo o diretor de relações institucionais da Ambev, Ricardo Rolim, a companhia faz três medições diárias das operações em suas 44 fábricas, gerindo a eficiência das unidades de modo que a produção de uma possa compensar a de outra em uma eventual necessidade.

"Não acendeu a luz vermelha", disse ele a jornalistas, em evento promovido pela companhia em São Paulo. Rolim explicou que em Guarulhos, uma das cidades mais afetadas pelos baixos níveis de água dos reservatórios do Cantareira, a Ambev retira água de uma reserva ambiental, por meio de uma outorga.

Ele também afirmou que as fábricas da companhia só operam com 100 por cento da capacidade no verão, e que elas não retiram água de uma fonte só. "A gente não sofre no curto prazo. Temos soluções estruturadas, complexas e que não nos deixam à mercê de seca momentânea", afirmou.

Segundo o executivo, o maior risco advindo da falta de chuvas em São Paulo é de um aumento de resíduos orgânicos na água captada em níveis baixos dos reservatórios, o que poderia implicar maiores custos e tempo para tratá-la.

No entanto, Rolim disse que não houve mudança na produção da Ambev em nenhuma das cinco fábricas da companhia no Estado de São Paulo até agora.

Nesta quarta-feira, a empresa divulgou a redução de sete por cento no volume de água utilizado para a produção de bebidas entre 2012 e 2013 em todas as regiões onde a empresa mantém operações, suficiente para abastecer uma cidade com 800 mil habitantes por um mês.

Até 2017, a Ambev, que tem a maior parte de suas operações no Brasil, tem a meta de diminuir o consumo para 3,2 litros de água para cada litro de bebida envasada, ante índice médio de 3,34 em 2013.

As ações da empresa recuavam 0,3 por cento às 15h56, enquanto o Ibovespa mostrava alta de 0,9 por cento. Os papéis recuavam diante de expectativas sobre possível elevação nos impostos sobre bebidas frias no Brasil.

Porém, Rolim não fez comentários sobre um eventual aumento de tributos.

Segundo o jornal Valor Econômico, a Receita Federal estuda aumentar a carga tributária sobre bebidas como refrigerantes e cervejas a partir de 1o de abril em meio a esforços do governo para impulsionar a arrecadação fiscal. Procuradas pela Reuters, a Receita Federal não comentou o assunto.

"Esse aumento já é esperado pelo mercado, mas, mesmo assim é marginalmente negativo. Na atual situação econômica do governo, vai ser muito difícil o setor postergar outra vez" aumento na tributação, avaliou a equipe de Elite Corretora, em relatório.

O ajuste nos impostos estava previsto para outubro de 2013, mas foi adiado pelo governo depois de reivindicações de empresas do setor, com o congelamento temporário das alíquotas de IPI, PIS e Cofins.

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São Paulo - A gigante de bebidas Ambev avalia que não está exposta a problema da falta de água no curto prazo em função de alternativas de captação com as quais conta no Brasil. A companhia afirmou ainda nesta quarta-feira que os baixos níveis de água do sistema Cantareira, em São Paulo, não afetaram sua produção até o momento.

Segundo o diretor de relações institucionais da Ambev, Ricardo Rolim, a companhia faz três medições diárias das operações em suas 44 fábricas, gerindo a eficiência das unidades de modo que a produção de uma possa compensar a de outra em uma eventual necessidade.

"Não acendeu a luz vermelha", disse ele a jornalistas, em evento promovido pela companhia em São Paulo. Rolim explicou que em Guarulhos, uma das cidades mais afetadas pelos baixos níveis de água dos reservatórios do Cantareira, a Ambev retira água de uma reserva ambiental, por meio de uma outorga.

Ele também afirmou que as fábricas da companhia só operam com 100 por cento da capacidade no verão, e que elas não retiram água de uma fonte só. "A gente não sofre no curto prazo. Temos soluções estruturadas, complexas e que não nos deixam à mercê de seca momentânea", afirmou.

Segundo o executivo, o maior risco advindo da falta de chuvas em São Paulo é de um aumento de resíduos orgânicos na água captada em níveis baixos dos reservatórios, o que poderia implicar maiores custos e tempo para tratá-la.

No entanto, Rolim disse que não houve mudança na produção da Ambev em nenhuma das cinco fábricas da companhia no Estado de São Paulo até agora.

Nesta quarta-feira, a empresa divulgou a redução de sete por cento no volume de água utilizado para a produção de bebidas entre 2012 e 2013 em todas as regiões onde a empresa mantém operações, suficiente para abastecer uma cidade com 800 mil habitantes por um mês.

Até 2017, a Ambev, que tem a maior parte de suas operações no Brasil, tem a meta de diminuir o consumo para 3,2 litros de água para cada litro de bebida envasada, ante índice médio de 3,34 em 2013.

As ações da empresa recuavam 0,3 por cento às 15h56, enquanto o Ibovespa mostrava alta de 0,9 por cento. Os papéis recuavam diante de expectativas sobre possível elevação nos impostos sobre bebidas frias no Brasil.

Porém, Rolim não fez comentários sobre um eventual aumento de tributos.

Segundo o jornal Valor Econômico, a Receita Federal estuda aumentar a carga tributária sobre bebidas como refrigerantes e cervejas a partir de 1o de abril em meio a esforços do governo para impulsionar a arrecadação fiscal. Procuradas pela Reuters, a Receita Federal não comentou o assunto.

"Esse aumento já é esperado pelo mercado, mas, mesmo assim é marginalmente negativo. Na atual situação econômica do governo, vai ser muito difícil o setor postergar outra vez" aumento na tributação, avaliou a equipe de Elite Corretora, em relatório.

O ajuste nos impostos estava previsto para outubro de 2013, mas foi adiado pelo governo depois de reivindicações de empresas do setor, com o congelamento temporário das alíquotas de IPI, PIS e Cofins.

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