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Amazon e B2W não estão em negociações, dizem fontes

Rumores faziam as ações da varejista online brasileira dispararem pelo segundo dia seguido na Bovespa


	"Não tem nada (sendo negociado) com B2W", disse uma fonte com conhecimento dos planos da Amazon, presidida por Jeff Bezos
 (Spencer Platt/Getty Images)

"Não tem nada (sendo negociado) com B2W", disse uma fonte com conhecimento dos planos da Amazon, presidida por Jeff Bezos (Spencer Platt/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 13 de setembro de 2012 às 13h42.

São Paulo - A Amazon não está em negociações com a B2W, afirmaram fontes próximas ao assunto nesta quinta-feira, em meio a rumores de que uma possível aquisição estaria sendo avaliada, o que fazia as ações da varejista online brasileira dispararem pelo segundo dia seguido na Bovespa.

"Não tem nada (sendo negociado) com B2W", disse uma fonte com conhecimento dos planos do grupo norte-americano, ressaltando que o mercado "está usando os rumores para fazer subir o preço da ação".

Às 12h41, o papel da B2W subia 5,42 por cento, a 9,14 reais, enquanto o Ibovespa tinha alta de 0,39 por cento. Na véspera, a ação disparou 9,2 por cento.

Procurados pela Reuters, representantes da Amazon, da B2W e da Lojas Americanas, controladora da empresa brasileira, não comentaram sobre uma eventual negociação envolvendo as companhias.

A valorização das ações da varejista dona dos sites Americanas.com, Submarino e Shoptime também foi considerada "especulativa" por outras duas fontes com conhecimento do assunto.

"É uma história antiga (a possibilidade de aquisição da B2W)", disse uma das fontes. "Sempre que a ação sobe volta o rumor, mas é pura especulação." A terceira fonte, que tem conhecimento dos planos da B2W, comentou que uma possível negociação com a Amazon é "difícil e improvável".

Recentemente, a ação da B2W registrou forte valorização motivada pela possibilidade da Lojas Americanas realizar uma oferta pública de aquisição (OPA) para fechar o capital de sua controlada.

Penalizada

A B2W vem sendo penalizada no mercado de capitais há cerca de dois anos, refletindo prejuízos consecutivos decorrentes da demora para integrar suas plataformas e uma série de problemas operacionais que se refletiram principalmente em atrasos na entrega de produtos.


Em meio a este cenário, rumores sobre possíveis aquisições ou fechamento de capital da B2W vêm acompanhando o histórico da empresa.

A companhia anunciou recentemente plano de investir mais de 1 bilhão de reais entre 2013 e 2015 em tecnologia, inovação e logística, buscando voltar a crescer apoiada em crescimento de vendas.

Por sua vez, a Amazon.com vem ganhando as atenções do mercado com planos de abrir sua loja digital de livros no Brasil no quarto trimestre deste ano.

Esta deve ser a porta de entrada para o grupo norte-americano conquistar um espaço na maior economia da América Latina com seu tablet, o Kindle, e um catálogo de livros digitais (ebooks) em português, disseram representantes de editoras locais e uma fonte da indústria a par dos planos da varejista norte-americana à Reuters, em junho.

Com uma abordagem totalmente digital, em um primeiro momento, a Amazon minimiza os riscos que uma estreia de maiores proporções implicaria num país com problemas notórios de infraestrutura, dos quais a B2W é uma das vítimas.

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