AES Tietê lucra R$ 251,2 milhões no trimestre
Resultado foi afetado positivamente por vendas de energia realizadas no mercado de curto prazo, a preços mais altos
Da Redação
Publicado em 6 de agosto de 2014 às 20h36.
São Paulo - A geradora de energia AES Tietê teve um lucro líquido de 251,2 milhões de reais no segundo trimestre de 2014, uma alta de 4,4 por cento ante mesmo período do ano passado, resultado afetado positivamente por vendas de energia realizadas no mercado de curto prazo, a preços mais altos.
As vendas realizadas no mercado de curto prazo a um preço de energia de curto prazo (PLD) médio mais elevado foram determinantes para que a receita líquida da empresa subisse 19,2 por cento no trimestre, na comparação anual, segundo a companhia.
No segundo trimestre, a geradora teve receita de 694,4 milhões de reais. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) subiu 2,4 por cento, para 431 milhões, na mesma base de comparação.
A companhia informou ainda que avançou na estratégia de venda de energia no mercado livre, em contratos bilaterais, para entrega a partir de 2016, quando terminado o contrato com a distribuidora Eletropaulo.
No segundo trimestre, a AES Tietê vendeu aproximadamente 100 megawatts (MW) médios, com prazo médio de 4,5 anos e preço médio de 153 reais por MWh.
Redução da Geração
A AES Tietê informou que mantém sua previsão sobre o impacto negativo que a redução da geração hidrelétrica em 2014 deverá gerar para o Ebitda da companhia entre 350 e 500 milhões de reais.
A redução da geração de energia pelas hidrelétricas do país, por ordem do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), ocorre como medida para preservar o nível dos reservatórios das usinas, evitando forte redução e desabastecimento.
A previsão da empresa, divulgada no trimestre passado, tinha como premissa a redução da geração hidrelétrica em relação as suas garantias entre 6 e 8 por cento para o ano de 2014, geração térmica em patamares elevados, PLD médio de 700 reais por MWh e chuvas que chegam aos reservatórios das usinas equivalentes a 90 por cento da média histórica.
"Passados três meses, entendemos que a previsão de impacto divulgada pela companhia vem se materializando, apesar de vermos hoje uma possível melhora na hidrologia", informou a empresa.
Agora, a companhia espera afluência equivalentes a 100 por cento da média histórica para o período de agosto até dezembro, o que reflete na redução na projeção de PLD médio para o ano para 640 reais por MWh.